Relação entre morte e mensagem no celular de primo de Bruno será investigada

Alessandra Mendes - Do Hoje em Dia
26/08/2012 às 22:36.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:46

(Eugênio Moraes)

A Polícia Civil investiga se uma mensagem enviada para o celular de Sérgio Rosa Sales, de 25 anos, assassinado com seis tiros na última quarta-feira (22) no bairro Minaslândia, região Norte da capital, tem relação com o crime. O texto contendo ameaças ao primo do goleiro Bruno foi recebido há cerca de dois meses, de acordo com relatos de familiares.

A polícia quer saber agora quem enviou a mensagem e qual o motivo da ameaça. Para isso, o rastreamento do celular de Sérgio pode ser solicitado junto à operadora. A mensagem, divulgada no sábado (25) dizia "Tô na pista, você é o próximo".

Na noite deste domingo, o programa Fantástico também apresentou uma carta escrita por Sérgio Sales aos país, que reforça a hipótese de que Bruno e seus amigos estariam envolvidos na morte de Eliza Samudio e que estaria sofrendo ameaças de morte.

Apesar da mensagem recebida, o rapaz não apresentava sinais aparentes de que estava sendo ameaçado. A afirmação é da psicóloga que acompanhava Sérgio desde o início do ano, Raíssa Moreno. “Emocionalmente, ele não estava bem por causa da sua situação de responder por um crime. Mas estava bem tranquilo e não apresentava sinais de medo, como quem é ameaçado”, revelou a psicóloga.

Júri

Raíssa Moreno chegou a fazer um laudo sobre o estado de Sérgio, que foi pronunciado junto com outras sete pessoas pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio. O documento seria usado pelo advogado dele no julgamento. “O objetivo maior era que ele tivesse uma ajuda especializada depois de ter ficado mais de um ano preso”, afirma Marco Antônio Siqueira. O defensor nega ter ciência de alguma ameaça sofrida pelo cliente, mas tem conhecimento da mensagem que está sendo investigada pela polícia.

“As irmãs falaram disso no depoimento. Ele sempre se abria com elas para não preocupar os pais, mas não sei qual o teor da mensagem”, alega Siqueira, que vai comunicar seu desligamento oficial do caso nesta semana ao Tribunal de Justiça. O advogado diz que foi procurado por Sérgio cerca de dez dias antes do crime. “Ele queria voltar a fazer as sessões com a psicóloga, o que ocorreria dias depois do assassinato”.

A polícia trabalha também para saber se algum dos sete rapazes presos por tráfico de drogas, na sexta-feira, tem relação com a morte de Sérgio.

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