A Auditoria Cidadã da Dívida e o movimento "Tarifa Zero BH" protocolaram, nesta segunda-feira (17), um relatório no Ministério Público Estadual (MPE) questionando a auditoria feita pela prefeitura de Belo Horizonte em relação aos contratos de concessão do transporte público na capital mineira.    De acordo com Maria Eulália Alvarenga, coordenadora do Núcleo Mineiro da Auditoria Cidadã da Dívida, a Ernst & Young (EY), a empresa contratada pela prefeitura para realizar a auditoria no transporte público não o fez, mas o serviço custou quase R$ 2 milhões. “Eles fizeram uma verificação independente, apesar do valor elevado do contrato”, afirmou ela, destacando que a YE se limitou a analisar os dados secundários fornecidos pela BHTRans e pelo Sindicato das Empresas de Ônibus (Setra-BH).    Segundo os membros do movimento "Tarifa Zero BH", André Veloso e Francisco Foureaux há suspeita de fraude na concessão dos ônibus na capital. “Queremos transparência nos contratos e saber os custos das empresas para definir o preço das passagens”, alertou Franisco. Conforme ele, há três inquéritos instaurados contra as empresas de ônibus. “Um questionando os contratos de licitação. Um processo de isenção tributária e reajuste tarifário e por último um de defesa do consumidor”, recordou.    No documento entregue ao MPE, eles recomendam a quebra do sigilo bancário das empresas de ônibus e a apresentação de documentos contábeis.    A BHTrans afirma que a auditoria foi feita e que todos os dados estão disponíveis no portal do órgão no link transparência. Segundo a assessoria da BHTrans, todos os balanços das empresas podem ser analisados no portal. 

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