As três usinas hidrelétricas instaladas no rio Doce (Aimorés, Baguari e Candonga) estão sendo monitoradas, em regime de plantão, 24 horas por dia. Os reservatórios foram atingidos pela enxurrada de lama que desceu do rompimento de duas barragens de rejeito da Samarco. A tragédia ocorreu no distrito de Bento Rodrigues, região Central de Minas, no último dia 5.
As usinas estão sendo monitoradas por técnicos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e pelos consórcios responsáveis pela operação das hidrelétricas.
Nesta quinta-feira (12), o presidente da Cemig, Mauro Borges Lemos, visita a usina Candonga, que fica no municípo do Rio Doce, região Leste do Estado.
Operação
“A Cemig ajudou na busca de uma solução para o problema, muito difícil de ser controlado”, afirma o gerente de Planejamento Energético, Marcelo de Deus Melo.
Após a passagem dos rejeitos, Candonga receberá operações de limpeza do reservatório e das comportas, conforme a companhia. Neste momento, uma draga especial para limpeza de reservatórios emprestada da Usina Mascarenhas, da Escelsa, no Espírito Santo, está na Usina Candonga para ajudar na recuperação do reservatório.
O equipamento permite uma limpeza mais profunda, pois tem a característica de triturar sedimentos maiores.
Os rejeitos chegaram, na manhã de segunda-feira (9), à Usina Hidrelétrica Baguari. Na quarta-feira (11), a Prefeitura de Baixo Guandu (ES) solicitou a retirada de água limpa para abastecimento de hospitais e escolas da região.
Geração suspensa
As três usinas suspenderam a geração de energia e abriram os vertedouros após o desastre ambiental de Mariana, seguindo as determinações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Agência Nacional de Águas (ANA).