Resposta para recursos para Hospital do Barreiro será na próxima semana

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
28/01/2015 às 08:30.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:49

(Lucas Prates)

A Prefeitura de PBH aguarda posicionamento do Ministério da Saúde para definir o início das operações do Hospital Célio de Castro, na região do Barreiro – previsto inicialmente para abril deste ano. A expectativa é a de que, até a próxima quarta-feira, o imbróglio entre o Executivo e o governo federal chegue ao fim.
O anúncio foi feito na última terça-feira (27) pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB). “Estivemos reunidos com o governo do Estado e com o próprio ministro da Saúde (Arthur Chioro), nas últimas semanas, e ele pediu um prazo até o dia 4 de fevereiro para nos dar uma posição”, contou Lacerda.   Sem verba
De acordo com o prefeito, a conclusão das obras do hospital está garantida com o financiamento feito por meio de parceria público-privada (PPP), mas o funcionamento da unidade pode ser comprometido pela falta de dinheiro.
“O problema é o custo operacional. Esse hospital deverá demandar, em funcionamento, cerca de R$ 150 milhões por ano e nós já temos, nesse momento, atrasos entre os governos estadual e federal de repasses de cerca de R$ 150 milhões, que deveriam ter sido feitos ao SUS no ano passado”, afirmou.
Segundo Lacerda, o consórcio responsável pela segunda fase das obras do hospital também aguarda uma definição para dar sequência aos trabalhos. O prazo final para a PBH se posicionar vence na quinta-feira da próxima semana. “Temos esse prazo para definirmos a possibilidade de o hospital entrar em operação em abril ou maio”.
Além de tornar incerto o destino do hospital, a falta de recursos compromete o funcionamento de outras unidades de saúde na capital, a exemplo do hospital São Francisco.
“Algum repasse está sendo feito. Nós priorizamos, naturalmente, a questão dos salários, mas não podemos bancar, com recursos próprios, todas essas despesas que deveriam ser bancadas pela União e o Estado”, concluiu o prefeito.
Novela
O Hospital Metropolitano do Barreiro foi anunciado em 2010 pelo então governador Aécio Neves (PSDB) e por Marcio Lacerda.
Após a conclusão da primeira etapa, a empresa responsável pela obra abandonou o contrato, e a construção ficou parada durante três anos. O local chegou a ser invadido e virou ponto de uso de drogas.
O novo consórcio assumiu com a responsabilidade sobre alvenaria, acabamento e aparelhamento do hospital. Em contrapartida, a iniciativa privada terá direito sobre a administração da unidade – excluindo atividades médicas – durante 20 anos.
A expectativa da PBH é que o hospital disponha de 12 salas de cirurgia e 400 leitos do SUS, com capacidade para 10 mil consultas especializadas, 1.400 internações e 700 cirurgias mensais.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que não há, ainda, acordo sobre valores e nem atraso em repasses. “Em recente reunião com o ministro da Saúde, Arthur Chioro e o secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta, foi acordado um estudo conjunto para a negociação do cofinanciamento de custeio do Hospital Metropolitano Doutor Célio de Castro, que encontra-se ainda em construção”.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por