Os casos positivos de Covid-19 detectados em farmácias brasileiras nos primeiros dias de julho já atingem o patamar da primeira onda da variante Ômicron, ocorrida no início deste ano.
De acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o índice de testes rápidos com resultado positivo, entre 27 de junho e 3 de julho, ficou em 35%.
A última vez que a quantidade de pacientes infectados no país esteve nesse patamar foi na semana de 31 de janeiro a 6 de fevereiro, com taxa de 36,07%, segundo a associação.
Em Minas Gerais, a taxa de positividade registrada em junho foi de 34,47%. Em janeiro deste ano era de 40,45%.
Segundo a Abrafarma, dos 105.339 testes rápidos realizados em farmácias mineiras no último mês, 36.313 deram positivo. A média diária de positividade já chega a 1.210.
Queda em laboratórios
Na contramão das farmácias, os laboratórios têm registrado tendência de queda no volume de exames em Minas. No Grupo Hermes Pardini, por exemplo, houve queda de 24% no volume de exames realizados entre 3 e 9 de julho. A quantidade de casos positivos também registrou queda de 2,7%.
De acordo com a infectologista do Hermes Pardini, Melissa Valentini, é possível que a redução dos indicadores esteja atribuída à estabilização dos casos, que também foi sugerida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
"Possivelmente já atingimos o platô do vírus e teremos queda de percentual de positivos nas próximas semanas. As novas variantes, mais transmissíveis, se traduzem em um pico mais alto e mais fino, ou seja, maior número de casos em espaço de tempo menor", observa a infectologista.
Proporção de infectados
Segundo a pesquisa da Abrafarma, apesar do aumento na procura por testes rápidos nas farmácias, a proporção exames em relação aos infectados é baixa.
Das 200.285 pessoas que realizaram testes em farmácias de 27 de junho a 3 de julho, 70.455 estavam com o vírus da Covid-19, o que representa cerca de 35% das testagens.
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