um ano da tragédia

Reveja vídeos da queda das rochas que atingiram embarcações em Capitólio

Pedro Faria
pfaria@hojeemdia.com.br
08/01/2023 às 11:19.
Atualizado em 08/01/2023 às 12:10
 (Cristiano Machado / Imprensa MG)

(Cristiano Machado / Imprensa MG)

O domingo (8) marca o aniversário de um ano da tragédia ocorrida em Capitólio, na região Centro-Oeste de Minas Gerais. Ao todo, dez pessoas morreram e 27 ficaram feridas.

O acidente aconteceu na tarde de um sábado. Um grupo de turistas alugou diversas lanchas para percorrer o Lago de Furnas e conhecer os famosos cânions da região. Em determinado momento, as rochas que compõem o espaço começaram a se desprender, até que um bloco de pedras caiu por inteiro, atingindo as embarcações. 

 Todas as vítimas estavam na mesma lancha. Imagens gravadas por turistas no momento do acidente mostram como tudo aconteceu. Veja os vídeos por diversos ângulos:

Vítimas

A maioria das vítimas eram turistas de Minas e São Paulo. Um dos pilotos das lanchas também faleceu no acidente.

  • Maycon Douglas de Osti, 24 anos
  • Camila da Silva Machado, 18 anos
  • Julio Borges Antunes, 68 anos
  • Geovany Gabriel Oliveira da Silva, 14 anos
  • Sebastião Teixeira da Silva, 64 anos
  • Thiago Teixeira da Silva Nascimento, 35 anos
  • Marlene Augusta Teixeira da Silva, 57 anos
  • Rodrigo Alves dos Anjos, 40 anos
  • Carmem Pinheiro da Silva, de 43 anos
  • Geovany Teixeira da Silva, 37 anos

Investigações

Dois meses após o episódio, a Polícia Civil concluiu o inquérito e informou que não identificou responsáveis pela tragédia. Mesmo assim, o órgão elencou diversas recomendações à Prefeitura de Capitólio e autoridades da região para que algo semelhante não voltasse a acontecer. 

Dentre as recomendações para melhoria e segurança do local foram orientadas que realizassem o mapeamento de todas as zonas de risco por geólogos ou profissionais especializados e do ramo; redução do número de embarcações permitidas nos cânions; implementações de selos de identificação nas embarcações, a serem fornecidos pelo poder público municipal, além da inclusão de um comprovante de seguro de vida; a identificação de todos os turistas; o uso obrigatório de colete em toda a represa e capacete nas regiões de cânions; proibição de passeios turísticos após advertências da Defesa Civil e fortalecimento da fiscalização. 

Volta do turismo

Novos protocolos de segurança foram criados e a região vive o desafio de mostrar o que aprendeu.

A prefeitura proibiu a visitação no local no dia seguinte ao acidente, ocorrido em 8 de janeiro de 2022, e garante que, hoje, os turistas podem frequentar o ponto turístico em segurança, sem medo.

A cidade mudou os protocolos de segurança. Dentre as medidas adotadas, está a limitação de visitação das lanchas, obrigatoriedade do uso de capacete dos passageiros e proibição de som.

Um estudo geológico foi feito e levou à criação de normas. A visitação em trechos considerados de maior risco foi impedida. Foram estabelecidos limites de lanchas em alguns pontos e está proibido que elas se aproximem dos paredões. Todas as áreas permitidas estão delimitadas com boias de sinalização.

Ocupação nos hotéis

A visitação aos cânions de Capitólio ficou interrompida até o dia 30 de março de 2022. Durante o período, o prefeito da cidade estimou que os prejuízos chegaram a R$ 20 milhões. Um ano após a tragédia, o movimento voltou praticamente à normalidade e, segundo informações do governo de Minas, a rede hoteleira da cidade está com 90% de ocupação.

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