O depoimento do megatraficante Roni Peixoto, de 42 anos, considerado um dos homens mais perigosos de Minas Gerais, na tarde desta quinta-feira(11), durou cerca de 40 minutos. Nesse tempo, ele explicou ao juiz da Vara de Execuções Criminais do Fórum de Contagem, Wagner de Oliveira Cavalieri, que fugiu da penitenciária José Maria Alckimim, em Ribeirão das Neves, na região Metropolitana de Belo Horizonte, para não morrer.  De acordo com o juiz, Roni teria dito que pediu a proposta de emprego para um amigo identificado como Ronaldo. Esse homem conseguiu um documento para ele trabalhar no Shopping Oiapoque. A fuga do traficante, explica o titular, foi por abuso de confiança, aproveitando as vantagens do benefício. Segundo relatou Roni Peixoto à Justiça, ele não retornou ao presídio em razão de possuir muitos inimigos que queriam matá-lo.    Conforme o juiz, a Polícia Civil agora investiga como foi possível alguém adulterar o contrato social da empresa onde o traficante deveria trabalhar na Junta Comercial de Minas Gerais.    Na época da fuga, Roni Peixoto apresentou um documento que o beneficiava sair da penitenciária para ir trabalhar. Mas a carta de pretensão de emprego supostamente apresentada à Justiça era falsa. O megatraficante deixou a prisão em julho de 2011, pela porta da frente, e não voltou mais.   Ele foi recapturado no dia 4 de outubro deste ano em Goiás. Roni Peixoto permanece preso, no pavilhão 3, da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele é suspeito de ser o braço de Fernandinho Beira Mar, considerado o maior traficante do Brasil.

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