O Anel Rodoviário de Belo Horizonte poderá ganhar duas áreas de escape para ajudar a parar os caminhões sem freios que causam acidentes graves na descida do bairro Betânia, região Oeste de Belo Horizonte. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) confirmou que está procurando os locais adequados para instalar esses dispositivos de segurança.

As áreas de escape são uma medida paliativa para tentar reduzir os acidentes na via até que sejam iniciadas as obras de readequação, previstas para o ano que vem. As intervenções nos 26,5 quilômetros do Anel estão orçadas em R$ 1 bilhão.

E as ações requerem urgência, pois o número de acidentes no local não para de aumentar. De janeiro a setembro deste ano foram 2.469 ocorrências, 8,2% a mais que os 2.281 do mesmo período do ano passado.

O número de feridos também cresceu, 7,8%, passando de 765, de janeiro a setembro do ano passado, para 825 no mesmo período deste ano. O número de mortos caiu de 30 para 25 em igual período. Os dados são da Polícia Militar Rodoviária. “Os acidentes graves no Anel são causados por carretas e caminhões que perdem os freios. Os caminhoneiros começam a usar o mecanismo na descida do Anel. O sistema esquenta e, quando chega na metade da descida, não funciona mais”, explica o engenheiro Lúcio Flávio Lima, especialista em segurança automotiva.

Tragédias

As áreas de escape são consideradas por Lúcio Flávio Lima como a melhor alternativa para evitar tragédias no Anel Rodoviário. “Nestas áreas, com pelo menos 600 metros, instaladas às margens da pista, seriam colocadas lama ou areia de praia. Se o caminhão ou carreta estiver sem freio, o motorista consegue parar sem tombar o veículo”, diz Lima.

As áreas de escape que estão sendo estudadas pelo Dnit ficariam na entrada do bairro Buritis, onde uma carreta atingiu 32 carros no mês passado, e no Betânia, onde ocorre o estreitamento da pista. Como ficam os motoristas e pedestres que precisam passar pelo Anel?

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