Samarco apresenta ao Ibama novo Plano de Recuperação Ambiental

Hoje em Dia
Publicado em 17/02/2016 às 18:32.Atualizado em 16/11/2021 às 01:27.
Tragédia em Mariana: rompimento da barragem de Fundão inundou dezenas de cidades e causou a morte de 19 pessoas em novembro de 2015 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Tragédia em Mariana: rompimento da barragem de Fundão inundou dezenas de cidades e causou a morte de 19 pessoas em novembro de 2015 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

A Samarco entregou, nesta quarta-feira (17), ao Ibama, a versão atualizada do Plano de Recuperação Ambiental e o Relatório de Ações Executadas das áreas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 5 de novembro do ano passado, em Mariana.

Uma primeira versão do plano foi levada pela empresa ao órgão ambiental em 18 de janeiro, por exigência do próprio Ibama. Porém, no último dia 27, o Ibama exigiu a apresentação de um novo documento, com atualizações e complementações. O prazo para apresentação vencia nesta quarta.

Superficial

De acordo com a equipe técnica do Ibama, o primeiro levantamento dos impactos feito pela mineradora estava “genérico e superficial”. As ações propostas foram classificadas como “pouco detalhadas e pouco fundamentadas do ponto de vista metodológico e científico”. Conforme a avaliação, a Samarco teria minimizado e subestimado o problema.

Segundo a empresa, o novo plano foi elaborado pela empresa Golder Associates e foi dividido em três grandes trechos de atuação. O primeiro se refere à parte mais impactada, entre a barragem de Fundão e o reservatório da usina de Candonga. “Ali estão concentradas, no momento, as ações emergenciais já em andamento”, informa a Samarco em nota.

O segundo trecho avaliado no estudo vai da usina de Candonga à foz do rio Doce e, o terceiro, a zona costeira adjacente à foz, no Espírito Santo. “Nessas áreas também já estão em andamento programas de monitoramento da qualidade da água e sedimentos e estudos detalhados”, garante a mineradora, que é controlada pela Vale e BHP Billiton.

“Na região costeira, os esforços se concentram na avaliação de eventuais impactos em áreas de reprodução de tartarugas marinhas, manguezais, vegetação ribeirinha e outros ambientes marinhos”, diz a nota da Samarco.

O novo plano será reavaliado pela equipe técnica do Instituto, informou o Ibama. Na quinta-feira (18) e sexta-feira (19), o órgão fará vistorias na região de Barra Longa, uma das mais atingidas pelo desastre. Também está programada para segunda-feira (22) vistoria de constatação do término das principais obras de contenção dos rejeitos remanescentes da barragem de Fundão.

Detalhamento

O plano compreende tanto ações imediatas como outras recomendadas para cada uma das três áreas. Essas ações, informou a mineradora, têm sido debatidas com os órgãos e entidades ambientais dos governos dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

“Trata-se de um documento robusto para restabelecer a qualidade ambiental da área afetada. O plano compreende um processo dinâmico, sob permanente revisão e aperfeiçoamento à medida que as ações evoluem. Por isso, tem uma característica adaptativa”, diz Maury de Souza Júnior, diretor de Projetos e Ecoeficiência da Samarco, em nota.

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