Samarco consegue primeiras licenças para retomada das atividades

Liziane Lopes
llopes@hojeemdia.com.br
Publicado em 11/12/2017 às 16:43.Atualizado em 03/11/2021 às 00:10.

A mineradora Samarco conseguiu as primeiras licenças para retomada das atividades no Complexo de Germano, localizado entre as cidades de Mariana e Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais. 

Nessa segunda-feira (11), a Câmara de Atividades Minerárias (CMI) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) aprovou as Licenças Prévia (LP) e de Instalação (LI) do Sistema de Disposição de Rejeitos Cava Alegria Sul, que é o espaço resultante da lavra de minério de ferro a céu aberto.

Foram 11 votos a favor e um contra. "As licenças prévia e de instalação da cava de Alegria Sul são uma etapa do processo de retorno  das operações. Para voltar a produzir, a Samarco depende ainda da Licença de Operação da cava e da conclusão do Licenciamento Operacional Corretivo (LOC) do Complexo de Germano, em Mariana e Ouro Preto", informou a Samarco por meio de nota.

O Licenciamento Operacional Corretivo, que regulariza todas as licenças de Germano, está em fase de audiências públicas. Já foram realizadas as audiências em Matipó e Mariana. E nesta tarde, é realizada a última delas, na cidade de Ouro Preto. 

Agora a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) vai esperar a conclusão das obras de preparação da cava, pela empresa, para analisar a Licença de Operação Corretiva (LOC) em conjunto com a Licença de Operação, que autoriza o início das atividades na mina.

A expectativa é que está fase seja realizada em meados de 2018. 

Demissões

Em novembro, a Samarco anunciou a realização de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) de 600 empregados como forma de ajustar os gastos da empresa, que pretende retomar as atividades com 26% da capacidade operacional. A decisão teve o apoio dos sindicatos Metabase de Mariana e Sindimetal do Espírito Santo.  

Até o fim de dezembro, o quadro de funcionários será reduzido de 1.735 para 1.135. Antes do rompimento da barragem de Fundão, eram cerca de 3 mil funcionários.



 

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