Árvores centenárias, animais exóticos, lagoas gigantes, trilhas, restaurante, área de camping e alojamentos com chuveiro quente estão no pacote para quem quer ficar perto da natureza sem abrir mão do conforto nessas férias. O endereço é o Parque Estadual do Rio Doce, santuário ecológico localizado a 248 quilômetros de Belo Horizonte, entre as cidades de Marliéria, Dionísio e Timóteo, no Vale do Aço.

 

A programação é a mesma ao longo do ano, mas ganha um toque especial nas férias. Do Mirante, edificado na forma estilizada de um lagarto sobre o Centro de Visitantes e a 13 metros do chão, é possível contemplar a Lagoa Dom Helvécio e a mata em seu entorno. “É uma paisagem exuberante”, convida a bióloga Mirlaine Soares Barros, coordenadora de Pesquisas Científicas da unidade.

 

Mas além de apreciar a beleza da Lagoa Dom Helvécio, os visitantes podem fazer pesca esportiva com barco a remo ou a motor elétrico – no local há serviço de aluguel de caiaques, pedalinhos, barcos a remo e motorizados - e tomar banho na “prainha”. Quem gosta de registrar as novidades deve ficar atento durante o passeio porque moradores ilustres do lugar (aves, mamíferos, répteis, anfíbios e peixes) “costumam aparecer para um clic”.

 

Trilhas

 

Em terra firme uma opção são as trilhas interpretativas, repletas de exemplares da fauna e flora da Mata Atlântica. Segundo a bióloga, quem visitar o Parque Estadual do Rio Doce vai poder ver de perto a regeneração da floresta que perdeu 1/3 de sua área de 35.970 hectares em um incêndio florestal em 1960.

 

O roteiro de atrações inclui visita ao Auditório Borun do Watu onde são exibidos vídeos sobre a unidade e temas ambientais. Há ainda uma exposição permanente de quadros, informações, fotos e objetos de uso dos índios botocudos. No Centro de Visitantes os turistas conhecem um pouco sobre a fauna e flora local e os municípios do entorno.

 

O Memorial Dom Helvécio reserva um espaço para os visitantes que gostam de fazer orações em contato com a natureza. Nele há um oratório com uma imagem histórica de Nossa Senhora da Saúde e um altar coberto, onde todo mês de julho, desde 1993, é realizada uma romaria ecológica em comemoração ao aniversário de criação do parque que acaba de fazer 70 anos.

 

Todas as atividades são realizadas com acompanhamento de guarda-parques, com exceção do passeio de caiaques, pedalinhos e barcos, que são serviços terceirizados.