O sargento da Polícia Militar que se trancou no quarto de um motel na região Oeste de Belo Horizonte e tentou se matar, na quarta-feira (10), teve a morte cerebral confirmada por volta das 6h, desta sexta (12), pelo advogado Weliton Moreira, que acompanha a família.
Horário, local do velório e do sepultamento ainda não foram definidos. O sargento, de 41 anos, estava internado no Hospital de Pronto Socorro João XXIII, na capital, desde que foi resgatado, ainda com vida, no meio da tarde. Ele havia dado entrada no motel na noite de terça-feira..
A tentativa de suicídio foi confirmada pelo tenente-coronel Flávio Santiago, chefe do Centro de Jornalismo da PM, que acompanhou o desfecho da ocorrência no local. Uma equipe do Batalhão de Operações Especiais e amigos do 22º Batalhão estiveram no motel tentando fazer o sargento desistir da ideia e pedindo para que se entregasse.
"Infelizmente ele se tornou irredutível. Foram mais de seis horas de negociação. E ele efetuou o disparo na cabeça", revelou o tenente-coronel, na ocasião.
Enquanto esteve no motel, o sargento postou mensagens pedindo desculpa a amigos e uma foto das duas filhas ao lado de uma farda. Ele estava afastado do serviço devido a problemas psicológicos, que teriam sido motivados por não aceitar o fim de um relacionamento.
Medida protetiva
De acordo com o tenente-coronel Flávio Santiago, o sargento vinha sendo procurado pela corporação desde a última segunda (8), quando se aproximou e agrediu a ex-mulher, que tinha uma medida protetiva contra ele.
"A situação se agravou quando ele feriu a medida protetiva em relação a violência doméstica e agrediu ex-esposa. Ele já vinha com algumas questões psicológicas há cerca de dois meses".