Um sargento da Polícia Militar de Minas Gerais de 49 anos teve a prisão em flagrante convertida em preventiva em audiência de custódia na Justiça Militar nesta segunda-feira (10). O militar foi preso no último sábado (8), Dia Internacional da Mulher, suspeito de agredir uma Oficial de Justiça, em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O PM foi autuado na justiça militar pelos crimes de agressão a subordinado, descumprimento de ordem, desrespeito a superior, desobediência e ameaça. Ele passará por audiência de custódia na justiça comum pelo crime de lesão corporal ainda hoje.
A oficial Maria Suely Sobrinho estava trabalhando e iria entregar uma intimação para o filho do militar. Ao chegar na residência deles, o suspeito se passou pelo filho, alegando que era ele quem estava sendo intimado. Os dois começaram a discutir e a vítima afirmou que chamaria apoio policial. Nesse momento, ela foi agredida com cabeçadas e socos.
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), a mulher estava sangrando e chegou até a desmaiar no local. Maria Sueli é casada com um major da PM, que acionou a polícia. No local, os militares encontraram apenas o filho do suspeito, que não quis dar depoimento e foi para dentro da residência.
Suspeitando que o autor estaria dentro da residência escondido, os policias decidiram entrar na casa, mas foram recebidos com muita hostilidade. O filho do suspeito estaria segurando uma pá de maneira agressiva em direção aos policiais.
Duas mulheres, esposa e enteada do suspeito, também estavam no local e discutiram com os policiais. Uma delas ligou para o suspeito e colocou a chamada no viva-voz. Nesse momento, o suspeito chamou PM de ‘terceirinho de merda’ e disse que ele era ‘antigão!’.
Pouco tempo depois, o homem retornou ao local. Ele resistiu à prisão e apertou os testículos do sargento que atendia a ocorrência. Após isso, o homem foi preso, assim como as duas mulheres presentes no local, que foram detidas por desobediência.
Versão do PM
Segundo o BO, o suspeito relata outra versão da história. Ele alega que, ao chegar em casa, se deparou com uma mulher, descaracterizada, perguntando por seu filho. Ele diz que estranhou a abordagem e questionou a identificação da mulher.
O PM afirma que ela esfregou a identificação na cara dele e ele respondeu empurrando sua carteira funcional no rosto dela. O sargento negou ter agredido a oficial de Justiça e disse que saiu do local.
Ainda de acordo com o suspeito, a esposa informou, por ligação, que policiais haviam invadido sua residência. Ele afirma que voltou ao local a pé, pois seu carro tinha apresentado problemas mecânicos.
Ele relata que foi imobilizado com um golpe de mata-leão e que permaneceu algemado na unidade militar, sem água e reclamando de dores nas mãos em razão das algemas.
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