Segundo dia de julgamento de Bola começa com depoimento de Edson Moreira

Amanda Paixão e Alessandra Mendes - Do Hoje em Dia
06/11/2012 às 09:56.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:55
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

O ex-chefe do Departamento de Investigações de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP)  Edson Moreira, foi o primeiro a ser ouvido no segundo dia de julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola”. O depoimento de Moreira começou às 9h30, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, e durou 2h20.

Logo no início da sessão, o atual vereador pediu a palavra à juíza Marixa Rodrigues. Ele lembrou que os advogados de defesa Ércio Quaresma, Zanone de Oliveira e o réu Bola estão sob investigação da Corregedoria da Polícia Civil. Isso, porque teriam acusado o ex-delegado de corrupção que, por sua vez, alegou denunciação caluniosa.

Durante duas horas a defesa de Bola tentou desestabilizar Moreira com perguntas relacionadas a declarações que ele teria feito à imprensa sobre outros crimes, como o Caso Bruno, além de tentar descredibilizar o julgamento dele sobre os fatos.

Quaresma ainda questionou se Moreira acredita que Bola seja um serial killer. No entanto, a testemunha respondeu que, na sua opinião, o réu seria um matador experiente e especilizado. Os outros 20 minutos foram ocupados pela promotoria que se concentrou em esclarecer que Moreira e Bola só se conheceram em Minas, e que não tiveram contato em São Paulo, quando ambos trabalhavam na polícia daquele estado. Além disso, os promotores ressaltaram que o ex-policial civil foi exonerado da corporação quando ainda estava em estágio probatório.

Antes da pausa para o almoço, a defesa de Bola pediu que Edson Moreira continue na fase de réplica e tréplica do julgamento. O pedido será analisado pela juíza.



 


Edson Moreira e Ércio Quaresma (de pé) durante julgamento
no Fórum Doutor Pedro Aleixo. (Foto: Eugênio Moraes)

Na segunda-feira (5), o julgamento do ex-policial civil, indiciado pelo assassinato de um carcereiro em maio de 2000, começou com sete horas de atraso, após mais uma tentativa de adiamento por parte da defesa. Mas a medida, considerada pelo promotor como mais uma manobra dos advogados, foi negada pela juíza, que também vai atuar no julgamento de Bruno, que acontece no próximo dia 19.
 
Ainda na segunda-feira, Quaresma e Zanone foram reintegrados à defesa de Bola, juntando-se a Fernando Magalhães, que já estava no caso. Eles alegaram que o julgamento não poderia acontecer por causa da ausência de uma das principais testemunhas e porque prazos legais não teriam sido cumpridos. Mas o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro classificou os argumentos como uma “ginga” da defesa.
 
O representante do Ministério Público chegou a pedir a abertura de inquérito policial contra os advogados, por suspeita de falsidade ideológica. Isso porque no dia 24 do mês passado, data marcada para o julgamento de Bola, o único defensor naquele momento, Fernando Magalhães, estava viajando para acompanhar um depoimento. Os outros advogados foram destituídos pelo réu.
 
Morte de carcereiro

Bola, que também é um dos réus do Caso Bruno, é acusado de matar o carcereiro Rogério Martins Novello e foi reconhecido pela irmã da vítima. O Ministério Público suspeita que o homicídio tenha sido encomendado, já que os dois não se conheciam.

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