Segundo dia de julgamento poderá ser decisivo para os réus

Renata Evangelista - Do Portal HD
19/11/2012 às 21:19.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:25

(Fórum de contagem ficou bastante movimentado (Foto: Vagner Antonio/TJMG))

A partir do segundo dia do julgamento do caso envolvendo o desaparecimento de Eliza Samudio, o conselho de sentença já terá argumentos para definir se os réus são culpados ou inocentes dos crimes pelos quais respondem. A avaliação é do jurista Luiz Flávio Gomes. Ele acompanhou todas as declarações e a movimentação no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde o jugalmento está acontecendo.

Para o advogado, o fato do júri ser composto por seis mulheres e um homem, a princípio pode ajudar a acusação no caso. Isso porque, segundo Gomes, as mulheres são mais favoráveis com outras.

Sobre o depoimento de Cleiton Silva Gonçalves, a única testemunha a prestar depoimento nesta segunda-feira (19), o jurista disse que a fala dele não acrescentou muito no julgamento, com declarações vagas e não contundentes. "Era uma testemunha que não atrai muito, mas os advogados, de maneira geral, foram bem em suas exposições", disse.

Para Luiz Flávio Gomes, o ponto alto do primeiro dia do julgamento foi o desmembramento do caso. "Foi juridicamente correto. Mas essa decisão de hoje pode refletir no próximo julgamento, já que o resultado (condenação ou absolvição) deve se repertir", declarou.

Acusações

Quatro réus estão sendo julgados pelo desaparecimento e suposta morte da modelo Eliza Samudio. O goleiro Bruno Fernandes de Souza, apontado pelo Ministério Público como o mandante do crime, é acusado de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, além de ocultação de cadáver.

Seu amigo e braço direito Luiz Fernando Romão, o "Macarrão", responde pelos mesmo crimes de Bruno. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro, e a amante do atleta, Fernanda Gomes de Castro, são julgadas por sequestro e cárcere privado.

O julgamento, que já havia sido desmembrado pela justiça, já que dois acusados que também respondem pelos crimes ainda não têm data para sentarem nos bancos dos réus, sofreu novo desmembramento nesta segunda-feira. Isso porque o advogado de Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", apontado como o executor do assassinato, abandonou o julgamento e largou o caso.

Com a decisão do advogado Ércio Quaresma, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues, que preside o caso, deu a "Bola" o prazo de dez dias para que ele arrume um novo advogado.

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