Seis torcedores atleticanos vão a julgamento nesta terça-feira (13) pela morte de um cruzeirense em novembro de 2010. Otávio Fernandes foi espancado e morto na avenida Nossa Senhora do Carmo, na região da Savassi, zona sul da capital mineira, no dia 27 de novembro. A sessão será no 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, a partir das 8h30. O julgamento será conduzido pelo juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes. O promotor Francisco de Assis Santiago irá representar o Ministério Público. Cláudio Henrique Souza Araújo, o Macalé, Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, e João Paulo Celestino Souza serão julgados por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha. Na sentença de pronúncia, publicada em abril deste ano, o juiz manteve a prisão preventiva deles. Já Eduardo Douglas Ribeiro Jesus, Josimar Júnior de Souza Bastos e Windsor Luciado Duarte Serafim responderão por formação de quadrilha. Como os crimes foram cometidos junto com o homicídio, eles também serão julgados pelo júri popular. O trio aguarda o julgamento em liberdade. O presidente da organizada Roberto Augusto Pereira, o Bocão, e o vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, e Diego Alves Ribeiro respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha. Mas o processo foi desmembrado e eles serão julgados posteriormente. Ainda também não há data de julgamento de Wellerson Tadeu Gomes e Carlos Eduardo Vieira dos Sanos, que respondem por formação de quadrilha. Organizadas O Fórum Lafayette informou que não será permitida no julgamento a entrada de pessoas vestidas com uniformes ou objetos que representem times ou torcidas organizadas de futebol, além de nenhuma manifestação dentro do recinto. O crime No dia 27 de novembro de 2010, Otávio e outros torcedores do Cruzeiro foram cercados por integrantes da Galoucura, na avenida Nossa Senhora do Carmo, no bairro São Pedro, Região Centro-sul de Belo Horizonte. Os cruzeirenses conseguiram correr, mas Otávio foi espancado até a morte por, pelo menos, 12 atleticanos. Acontecia um evento de luta livre em uma casa que fica próximo ao local do assassinato. Câmeras de vigilância registraram o fato e a crueldade dos torcedores alvinegros.