Sem faixa, pedestre se arrisca na avenida Brasil

Renato Fonseca - Hoje em Dia
Publicado em 19/02/2014 às 07:55.Atualizado em 20/11/2021 às 16:07.
 (Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)
(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)
Movimento simples e que deveria ocorrer sem sustos, atravessar a rua tem se transformado em prova de fogo para pedestres de Belo Horizonte. Quem passa diariamente no cruzamento da avenida Brasil com rua Padre Rolim, no bairro Santa Efigênia, região Leste, precisa redobrar a atenção para não ser atropelado. Há 15 dias a circulação de veículos foi modificada no local pela BHTrans e as faixas para pedestres foram apagadas.
 
Sem as linhas brancas, quem está a pé se arrisca em meio ao intenso fluxo de veículos. A empresa que gerencia o tráfego da cidade havia prometido que a situação seria resolvida até o dia 15, quando estava prevista a conclusão das obras que acontecem na calçada. Porém, quatro dias depois, a BHTrans recuou e não há prazo para a solução do problema.
 
Isso porque, apesar dos riscos, a empresa se limita a informar que: “A pintura de solo é realizada após a conclusão das obras, sobretudo em função da limpeza do trecho para a eficiente implantação da sinalização. Assim que terminadas as obras a faixa será pintada”, mostra nota enviada. Questionada sobre um possível prazo, a BHTrans reafirmou que depende da intervenção e não estipula uma data precisa.
 
Enquanto isso, pedestres clamam por socorro. “Está uma bagunça. Isso é um desrespeito, um absurdo. A BHTrans faz um monte de propaganda sobre a valorização da vida de quem anda a pé, porém, ela literalmente andou na contramão neste local. Implantou a mudança no tráfego e valorizou os carros, se esquecendo do transeunte”, criticou o professor universitário Thiago Júnior de Almeida, de 47 anos, morador da região, que ainda completou: “Não há agentes para orientar as pessoas” 
 
De fato, durante praticamente toda a tarde de ontem ou mesmo da última segunda-feira, o Hoje em Dia percorreu o trecho e não notou a presença de fiscais da BHTrans nem agentes da Guarda Municipal. 
 
Não bastasse a travessia perigosa, vários outros problemas são vistos no local. Uma das faixas de pano que mostra a mudança no tráfego está jogada no chão. Não há operários e restos de obras, como terra e brita, também atrapalham a travessia. Cones estão quebrados e foram deixados de lado no canteiro central.
 
Ilha deve oferecer mais segurança
 
A nova travessia entre a avenida Brasil e a rua Padre Rolim será feita em linha reta. Uma ilha está sendo construída no local, o que vai possibilitar mais segurança ao pedestre. 
 
De acordo com a BHTrans, atualmente o semáforo está organizando o tráfego e propiciando o tempo necessário para quem está a pé passar pelo trecho.
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