Serviços de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, como matrículas e solicitações de benefícios, foram disponibilizados no portal de serviços do governo federal. A medida faz parte de um processo de digitalização das atividades do Executivo Federal iniciada com órgãos da administração direta e indireta, que depois incluiu universidades e agora chegou aos institutos federais. A novidade foi anunciada em cerimônia nesta terça-feira (12), em Brasília.
Pelo portal, é possível acessar um conjunto de serviços, como inscrição em processos seletivos, solicitação de assistência estudantil ou emissão de segunda via de diploma. Nas páginas, é informado quem tem acesso ao serviço, quais os documentos necessários e o tempo do processamento da solicitação. O interessado deve digitar no campo de pesquisa o nome do instituto federal.
Pelo site, o interessado pode baixar os editais, a lista de escolhidos para cursar no instituto e outras informações, porém a inscrição no instituto ainda deve ser feita presencialmente, como no IF do Paraná. Outros serviços podem ser agilizados sem a necessidade de comparecimento, como recebimento de bolsas no IF de Rondônia, que pode ser feito pelo envio de um e-mail à secretaria do órgão, cujo endereço é indicado no portal.
O reitor do Instituto Federal de Brasília, Wilson Conciani, destacou a importância dos serviços online para aumentar a transparência dessas instituições e sua aproximação com os cidadãos. “Até diploma podemos gerar eletronicamente. Colocar também serviços é dar ao público conhecimento daquilo a que eles têm direito. O portal vai facilitar a vida de muita gente e levar o Brasil para mais perto dos brasileiros".
Censo
A inserção dos serviços dos institutos no portal de serviços do governo ocorreu juntamente com o lançamento da 3ª fase do censo de serviços do Executivo, conduzido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
De acordo com o levantamento, há mais de 2.800 serviços ofertados pelos órgãos das administrações direta e indireta. Destes, 80% exigem RG e 70%, CPF. O canal principal é o balcão dos órgãos, modalidade adotada em 84% dos casos. Ao analisar o tempo, a equipe constatou que 65% resolvem a demanda em até 60 dias.
O censo foi base para o planejamento da digitalização dos serviços, como ocorreu com os IFs. Conforme o levantamento, 46% dos serviços do Executivo têm algum grau de digitalização, enquanto 17% não fazem uso dessas tecnologias. Outros 14% já são totalmente digitais.
“A agenda da digitalização representa a condição de sobrevivência de muitas das nossas organizações. A organização deve entender que cidadão resolve problemas diários pelo celular e que para ele é coisa de outro mundo ter que ir a um balcão de atendimento para resolver um serviço. A digitalização vai colocar órgãos no estágio em que o que cidadão está”, defendeu o secretário-geral adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Gleisson Rubim, na cerimônia.
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