PATOS DE MINAS – A menos de um ano da Copa do Mundo, quando, 3,6 milhões de turistas devem visitar o Brasil, segundo previsão otimista dos organizadores, o sistema de transporte aéreo estadual apresenta graves falhas. Se algum destino mineiro pretende aproveitar parte do fluxo de visitantes, terá trabalho para se adequar ao “padrão Fifa”.
Sem investimentos e rigorosa fiscalização, os aeroportos comerciais, especialmente os do interior, estão obsoletos e subutilizados. A partir desta edição, o Hoje em Dia inicia série de reportagens que vai retratar as condições estruturais e de funcionamento dos principais terminais.
Em duas importantes cidades da região do Alto Paranaíba, a situação é, no mínimo, preocupante. Em Patos de Minas, o aeroporto Pedro Pereira dos Santos está praticamente abandonado. Por sorte, o terminal, inaugurado em 1994, nunca registrou acidente de graves proporções. Isso porque todo o complexo, incluindo a pista de pouso e decolagem e o pátio de estacionamento das aeronaves, era cercado apenas por arame farpado. Somente agora o material está sendo construído o alambrado para impedir a entrada de animais no local.
Emeergência
Além disso, o terminal não disponibiliza serviços básicos como uma sala de atendimento médico, esteiras para reposição de bagagens e painéis de informações. Não tem sequer uma lanchonete, muito menos equipamentos de raio-X para fiscalizar a entrada e saída de armas e drogas na região.
A oferta de voos também deixa a desejar. Não há pousos e decolagens em fins de semana. Somente uma empresa opera em Patos, com um voo diário e aeronave com capacidade para até 48 passageiros. A administração é municipal.
Pausa
O encarregado Almiro Antônio Mendonça, que há 11 anos trabalha no acanhado aeroporto da cidade, informou que o terminal será fechado no início do próximo mês. “Serão iniciadas obras de melhoria. A pista será recapeada e terá a iluminação para balizamento diurno e noturno renovada. Toda a parte elétrica vai passar por vistoria. Também será construída uma base para os bombeiros, uma lanchonete e banheiros adaptados para deficientes físicos”, disse.
As obras, segundo o encarregado, devem durar 40 dias. No local, há uma placa do governo estadual indicando obras de melhoria e o valor do investimento, cerca de R$ 4,3 milhões.