Os servidores estaduais da saúde irão entrar em greve no dia 16 de outubro deste ano. A decisão de cruzar os braços foi tomada na tarde desta quinta-feira (26), após representantes da categoria se reunirem com integrantes das secretarias da Fazenda e de Planejamento e com o Comitê de Negociação Sindical (Cones). A reunião ocorreu na Cidade Administrativa, no bairro Serra Verde, na região Norte de Belo Horizonte. Durante o encontro, foi anunciado que não haverá reajuste salarial para os servidores da saúde, o que revoltou os trabalhadores. De acordo com o diretor administrativo do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sind-saúde/MG), Renato Barros, o Governo não tem justificativa alguma para não dar o aumento. "A categoria está indignada. Com a negativa, fizemos uma assembleia e decidimos que iremos entrar em greve a partir do dia 16 de outubro. Iremos esperar esses dias para que todos tenham tempo de organizar o movimento". A previsão para o reajuste era o dia 1° de outubro. No entanto, o Governo alegou que os salários não serão reajustados porque o aumento já teria sido dado ao longo do ano. O governou informou ainda que concedeu reajustes salariais em 2013 para todas as categorias que integram os quadros de servidores do Estado. Ao todo, R$ 1,5 bilhão foram destinados para reajustes salariais e benefícios para servidores estaduais. Sendo que esse montante é 56,6% a mais do que o previsto na lei da política remuneratória (Lei 19.973/2011), calculado em R$ 991 milhões. As medidas de valorização das carreiras beneficiam aproximadamente 480 mil servidores ativos, aposentados e contratados. Na saúde, além das gratificações complementares com valor correspondente a 50% do vencimento básico para servidores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Fundação Ezequiel Dias (Funed), Unimontes e Fundação Hemominas, também entrou em vigor o reajuste de 10% para médicos da Fhemig e Hemominas em agosto. Esse percentual faz parte do aumento escalonado acordado com a categoria para 2012, 2013 e 2014. Integrantes da Fhemig, Funed e Fundação Hemominas acompanharam a reunião e fizeram um pequeno protesto em frente à Cidade Administrativa. Não há previsão de novas manifestações até o dia 16, quando haverá uma assembleia geral da categoria.