Os servidores da rede estadual de Educação de Minas decidiram em assembleia realizada nesta quarta-feira (5), em Belo Horizonte, que a categoria vai entrar bem greve a partir da próxima terça-feira (11). A paralisação será realizada por tempo indeterminado.
Segundo a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), Denise Romano, as principais reivindicações são pelo cumprimento da lei que prevê o piso mínimo para a categoria e pelo pagamento do 13º salário de 22% dos servidores que ainda não receberam. "É a mesma pauta de 2019, reivindicamos também o direito ao emprego do profissional de Educação, que tem ficado desempregado com as constantes medidas de enxugamento do Estado", declarou.
A categoria está presente em mais de 3,8 mil escolas em Minas e a paralisação ainda não tem data para acabar. Uma nova assembleia será realizada no dia 14 de fevereiro para discutir os próximos passos do movimento. Na sexta-feira (7), as lideranças se reúnem com representantes da Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) para discutir problemas na designação de professores. "Vamos apresentar a pauta da greve, claro, mas essas reivindicações são resolvidas com a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag)", informou Romano.
A Seplag, segundo a coordenadora, justifica a falta de reajuste dizendo que age dentro dos limites da lei de responsabilidade fiscal e condiciona a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal. Denise, por sua vez, afirma que essa justificativa só é dada aos servidores da Educação e defende tratamento isonômico a todas as categorias. "Para nós eles utilizam esse argumento, mas apresentam propostas de reajuste a outros. Não somos contra reajuste para nenhum trabalhador, mas reivindicamos tratamento isonômico", concluiu.
Tanto a SEE-MG quanto a Seplag foram procuradas pela reportagem, mas ainda não se manifestaram.