Vice-governador

Simões critica ocupação da obra do metrô: 'não podem impedir a intervenção mais importante de BH'

Na segunda, famílias que terão que ser realocadas ocuparam o local da intervenção e reivindicaram uma “negociação justa” com a Metrô BH

Bernardo Haddad
@_bezao
Publicado em 20/03/2025 às 11:00.Atualizado em 20/03/2025 às 11:48.
Mateus Simões (Novo) vistoriou obras do metrô nesta quinta-feira (20) (Divulgação/ Metrô BH)
Mateus Simões (Novo) vistoriou obras do metrô nesta quinta-feira (20) (Divulgação/ Metrô BH)

Vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo) criticou, nesta quinta-feira (20), a manifestação organizada por moradores de bairros da região Oeste de Horizonte, atingidos pelas obras da linha 2 do metrô - um grupo de pessoas e movimentos sociais protestaram contra a condução das desapropriações na última segunda-feira (17). Simões defendeu a obra, considerada por ele a mais importante da metrópole. 

O vice de Zema e representantes da concessionária que administra o meio de transporte visitaram o local das obras. “Espero que haja sensatez por todas as partes. Que o metrô avance nas ofertas e pague o que é devido. Mas de outro lado, que as famílias entendam que nem 10, nem 20, nem 300 pessoas podem impedir a realização da obra mais importante em andamento na cidade que irá atender mais de 300 mil pessoas diariamente”, disse. 

Na segunda, famílias que terão que ser realocadas ocuparam o local da intervenção e reivindicaram uma “negociação justa” com a Metrô BH, concessionária responsável pelo meio de transporte. Simões comentou sobre a “invasão” dos manifestantes na obra e destacou que é preciso avaliar “com muito cuidado” essa situação.

“A disposição deles de invadir uma obra privada tem que ser avaliada com muito cuidado, porque se o MP (Ministério Público) chama para negociar, a defensoria pública acompanha e o Metrô está na mesa, eles estão cometendo um crime em invadir uma obra privada”, afirmou. 

Segundo o vice-governador, é essencial que as obras não sejam atrasadas. A previsão é que a nova linha entre em operação comercial em 2028. 

“Não podemos impedir que 300 mil famílias deixem de ser atendidas por conta desse impasse. Nossa expectativa é que a Metrô BH possa avançar nessas negociações, para que as famílias sejam removidas e tenham seus direitos garantidos, mas sem atrasos ou interferências porque uma parte enorme de BH irá se beneficiar da nova linha”, concluiu. 

As obras das estações Amazonas e Nova Suíça já foram iniciadas. O novo traçado terá 10,5 quilômetros e outras sete estações: Nova Gameleira, Nova Cintra, Vista Alegre, Ferrugem e Barreiro.

Veja as etapas das obras das linhas 1 e 2 do metrô

As obras de ampliação e revitalização da linha 1 estão em fase de término, incluindo as intervenções realizadas em um novo trecho de 1,7 quilômetro de extensão, que vai ligar a estação Eldorado à futura estação Novo Eldorado.

A expectativa é que a nova estação entre em funcionamento em 2026, melhorando a conexão entre Contagem e Belo Horizonte. A expectativa é que a estação Novo Eldorado aumente em 35 mil o número de passageiros diários.

A revitalização da linha 1, incluindo as 19 estações ao longo do percurso de 28,1 quilômetros, tem previsão de conclusão para 2026. Na primeira etapa, foram contempladas as estações Eldorado, Cidade Industrial, Vila Oeste, Gameleira, Calafate, Carlos Prates, Lagoinha, Central, Santa Efigênia e Vilarinho. 

No segundo lote, ainda passarão por reformas as unidades Santa Tereza, Horto, Santa Inês, José Cândido da Silveira, Minas Shopping, São Gabriel, Primeiro de Maio, Waldomiro Lobo e Floramar.

Com a conclusão das obras, a expectativa é de que o Metrô da RMBH passe a transportar uma média diária de 223 mil passageiros, sendo 157 mil na linha 1 e 56 mil na linha 2.

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