Sinceridade é essencial na relação entre pais e filhos

Sara Lira - Hoje em Dia
07/08/2014 às 07:41.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:41

(Rádio 98)

Até que ponto os pais devem impor disciplina sem prejudicar a liberdade do filho? Até que ponto a autoridade paterna afeta a relação? Que limites devem ser impostos, sobretudo a crianças e adolescentes?

“A linha entre proteger demais e disciplinar é tênue, mas o pai deve ficar atento às reações da criança. Naquilo que ela consegue fazer sozinha, não é necessário interferir. Ela dá os sinais da independência que tem”, orienta o psicólogo Antônio Roberto, que participou nessa quarta-feira (6) do programa Central 98, da rádio 98 FM.
  O tema debatido foi o desafio da relação entre pais e filhos quando o assunto é educação e autoridade. Outro convidado foi o ex-jogador e um dos maiores nomes da história do Atlético, Reinaldo Lima, que estava ao lado do filho, Philipe Lima, de 30 anos. Para o eterno ídolo do Galo, a principal característica na relação paterna deve ser a transparência. “Ser verdadeiro é a maior lição que um pai pode dar ao filho.”
A necessidade de garantir sinceridade na relação é também considerada fundamental para Antônio Roberto. “Eu tenho que mostrar para o filho que sou uma pessoa comum, passível de erros, e não um super-herói”, diz o psicólogo.

Ele destacou que, antigamente, os filhos tinham temor dos pais e a relação era mais distante, o que mudou ao longo dos tempos. Segundo o psicólogo, atualmente pais e filhos vivem uma relação baseada no companheirismo. “O pai deve cultivar o respeito e não o medo.”

Famoso

Philipe Lima falou sobre como é ter um pai famoso e afirmou que sempre soube separar o ídolo da torcida da figura paterna. “Às vezes é difícil me libertar da associação que as pessoas fazem entre mim e ele.   Porém, sei diferenciar o meu pai do Reinaldo ídolo”. Ele diz admirar tanto o pai que prepara um livro sobre a carreira do Rei – como Reinaldo é carinhosamente chamado pela Massa –, a ser lançado em novembro.
O ex-jogador acentuou que sempre tentou estar bem próximo dos cinco filhos, principalmente dos mais novos, que puderam aproveitar a fase em que ele não jogava mais e que, por isso, passou a ter mais disponibilidade. “Tenho uma relação de amizade com eles e faço questão disso.”

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