Cerca de 100 caminhoneiros e populares se concentraram no Anel Rodoviário, na altura do bairro Betânia, na região Oeste de Belo Horizonte, para mais uma manifestação. Nesta terça-feira (9), por cerca de 22 minutos, a pista no sentido Vitória foi interdita pela categoria. Eles afirmam que não aguentam mais tantos acidentes envolvendo caminhões e vitimando várias pessoas inocentes no trecho. A solução para tentar reduzir os graves acidentes, de acordo com o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Minas Gerais, José Carneiro, seria a construção de três rampas de escape, igual as usadas na Fórmula 1. “Não podemos deixar que as pessoas continuem morrendo no anel. Estas rampas, feitas com argila e brita, ajudariam a parar o caminhão sem freio”, explica Carneiro.    O presidente do Sindicato da União Brasileira de Caminhoneiros em Minas Gerais, José Natan, diz que esta não seria a melhor medida para evitar acidentes. Para ele, o problema seria resolvido com a redução da velocidade de 60km/h para 40km/h. “Essa medida evitaria mais mortes”, garante.    Há um mês, a categoria se reuniu com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de transportes (Dnit), cobrando a construção das rampas.    Segundo o órgão, não há espaço nos 27 km do anel para a execução do projeto. O Dnit diz que a categoria precisa descobrir um terreno ocioso e mostrar ao órgão para um possível um estudo de viabilidade da obra e desapropriação.    O presidente José Carneiro, afirma que o que não falta é terreno para essa obra. Caso o Dnit não apresente uma solução nos próximos dias, a categoria promete protestos mais radicais. “Não vamos parar até sermos atendidos. Nos próximos movimentos vamos fechar totalmente a rodovia e não teremos hora para liberarmos o trânsito”, alerta. 

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