Depois de Belo Horizonte confirmar uma avanço de 100% no número de confirmações de casos da dengue, na sexta-feira (8) foi a vez de a Secretaria de Estado de Saúde (SES) revelar a tendência de avanço da doença em toda Minas Gerais. Apenas em janeiro, o número de notificações quase quadruplicou. A SES contabilizou 22.880 suspeitas de dengue no primeiro mês de 2013, enquanto que, em janeiro do ano passado, foram 5.803. Nos oito primeiros dias de fevereiro, o Estado somou 6.637 notificações, número superior a todo o mês de fevereiro do ano passado (4.877). Se a tendência for mantida, Minas Gerais pode bater o recorde da dengue dos últimos cinco anos. Em 2010, foram mais de 268 mil casos suspeitos – em janeiro daquele ano, houve 19.123 registros. A região do Vale do Aço tem o maior número de notificações. Ipatinga totalizou 3.919 casos notificados, seguida de Coronel Fabriciano (2.828) e Timóteo (2.550). A SES usa dois argumentos para justificar o avanço da dengue. O primeiro diz respeito à introdução do tipo 4 do vírus causador da doença em Minas, sorotipo que não circulava há 30 anos. Portanto a população mais jovem está mais suscetível. O segundo fator se deve à troca de gestão política em aproximadamente 83% das prefeituras, levando à desmobilização do controle epidemiológico. Atenção O Estado alerta para a fundamental participação da população no controle da dengue. Pesquisas apontam que mais de 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti encontram-se nos domicílios. Para a infectologista e coordenadora do Ambulatório do Viajante do Hospital das Clínicas, Marise Fonseca, alguns cuidados são fundamentais. “Atos simples fazem a diferença, como não jogar latinha na rua e não deixar em casa recipientes que possam acumular água”. Em caso de febre, dor muscular, dor nas articulações e no fundo dos olhos, deve-se procurar atendimento médico. Leia a matéria completa na Edição Digital