Belo Horizonte e outros 49 municípios da Grande BH e região Central de Minas contam atualmente com apenas um rabecão, veículo da Polícia Civil usado para remoção de corpos. Outros seis carros do tipo estão em manutenção, sem previsão para o fim dos reparos. Diante do problema, o atendimento nas ocorrências tem demorado até 12h. A informação é do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol).
Conforme o Sindpol, a situação se agravou nos últimos dias. O sindicato teme um "colapso" na prestação do serviço. "A demora causa transtornos às famílias e sobrecarrega os profissionais da polícia", afirma o presidente do sindicato, Wemerson Oliveira.
Segundo ele, os profissionais têm trabalhado em condições precárias. "Estão fazendo malabarismos. E quem sofre é a população", afirma.
Polícia restringe problema a "alguns veículos"
A Polícia Civil (PC) confirmou que "alguns veículos da frota" estão em manutenção, mas não informou quando todos os rabecões estarão disponíveis para realizar a remoção de corpos, em casos de mortes suspeitas ou violentas, junto ao Instituto Médico-Legal (IML).
"O referido serviço é prestado de maneira ininterrupta, 24 horas por dia, sete dias por semana, em Belo Horizonte e região metropolitana. Alguns veículos da frota de rabecões se encontram em manutenção – que ocorre de maneira periódica – nas oficinas credenciadas, as quais trabalham, em regime de prioridade, para atender as demandas", informou a PC.
Ainda conforme a polícia, um contrato específico para a locação de rabecões está em "fase de implementação", com o objetivo de ampliar e modernizar a frota. Detalhes, no entanto, não foram divulgados.
Sobre o contrato, o Sindpol informou que a medida "não sai do papel" desde setembro. "Depende do governo implementar, da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplag)", diz Wemerson Oliveira.
O Hoje em Dia entrou em contato com a Seplag. A pasta disse que "as informações possíveis, no momento" são as mesmas dadas pela PC.