Sobem para oito os rótulos da Backer contaminados por substância tóxica; confira quais são

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
Publicado em 16/01/2020 às 17:33.Atualizado em 27/10/2021 às 02:19.
 (Flávio Tavares)
(Flávio Tavares)

O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirmou, na tarde desta quinta-feira (16), que identificou a presença das substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol em oito rótulos produzidos pela cervejaria Backer, de Belo Horizonte.

De acordo com o Mapa, no total são 21 lotes contaminados, sendo que um deles foi usado para produzir dois rótulos. Além das marcas Belorizontina e Capixaba, divulgadas anteriormente, foram encontradas as substâncias tóxicas nas marcas Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2.

Confira:

Backer contaminadas

As análises são realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária. Todos os produtos fabricados pela marca já estavam e continuam sendo retirados do mercado, por meio de recolhimento feito pela própria empresa e de ações de fiscalização e apreensão dos serviços de fiscalização.

Na tarde desta quinta-feira (16), a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em uma distribuidora no bairro Vila Paris, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que forneceria monoetilenoglicol para a cervejaria Backer. A substância tóxica é usada como anticongelante em serpentinas no processo de produção das bebidas.

PC vistoria fábrica em Contagem

Até o momento, quatro mortes provocadas por síndrome nefroneural - doença que pode estar ligada ao consumo de cerveja com substâncias tóxicas - foram registradas em Minas, conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Um homem de Juiz de Fora, na Zona da Mata, que morreu em 7 de janeiro, teve o dietilenoglicol detectado no exame de sangue. Os outros óbitos, ainda em investigação, são de dois homens de BH, de 75 e 89 anos, e de uma mulher de 60, de Pompéu, no Centro-Oeste. Informações preliminares dão conta de que todos teriam consumido a Belorizontina antes de passar mal. Eles deram entrada em unidades de saúde com quadro de insuficiência renal. Até esta quinta, a SES já recebeu 18 notificações da doença.

A Backer informou que desde essa quarta-feira (15), atua para prestar assistência e apoio  aos pacientes e seus familiares e que está colaborando com as autoridades e verificando seus processos para contribuir com as investigações.

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