Solução para trânsito na Pedro I será conhecida em 16 de outubro

Danilo Emerich - Hoje em Dia
22/09/2014 às 17:19.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:18
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Oitenta e um dias após a queda do viaduto Batalha dos Guararapes, na região Norte de Belo Horizonte, em 3 de julho, o trânsito na avenida Pedro I foi finalmente liberado nessa segunda-feira (22). No entanto, a definição da solução viária para a região só deve ser conhecida em 16 de outubro, quando será informado se o viaduto será reerguido no local ou será executada outro tipo de intervenção.   Segundo a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), o prazo foi estabelecido na última reunião, no dia 16 de setembro, entre o Ministério Público Estadual (MPE), a prefeitura, Construtora Cowan e a Consol, empresas responsáveis pela execução e projeto da obra.   Enquanto não há definição de obras no local, mais de uma semana após a implosão da alça norte do viaduto Batalha dos Guararapes, moradores de prédios próximos ainda não tiveram os danos de vidros e janelas danificados reparados.   Pelo menos sete apartamentos, nos blocos 8 e 9, dos condomínios Antares e Savana – ao lado da estrutura implodida - continuam sem a substituição dos vidros e janelas. Elas foram danificadas com o deslocamento de ar causado pela implosão do viaduto em 14 de setembro.   Tapumes de madeira foram colocados em algumas das aberturas para amenizar a situação e evitar que a poeira causada pelo remoção dos escombros. Portas e basculantes do prédio também continuam sem o reparo, prometido como imediato após a implosão.   Morador do bloco 9 do condomínio Antares, o militar Ubaldo Alves, de 45 anos, está com tapumes nas janelas da sala e da cozinha. Já em um dos quartos, o vidro trocado na última sexta-feira (19), apareceu trincado no domingo (21). “Enquanto as máquinas não pararem de fazer a remoção dos escombros, temo que esse problema vai se repetir. Pelo menos, um funcionário da construtora veio e já está tomando as providências”, disse.   A secretária escolar Helena Dias, de 51 anos, é outra que se diz prejudicada. Os vidros da casa dela também foram danificados e foram substituídos. Porém, ela mostra que as janelas estão emperradas. “A do quarto, por exemplo, não consigo abrir ou fechar. A construtora falou que é uma situação provisória, mas não sei quando vão resolver isso”, afirmou.   Nesta segunda-feira (22), um agente da Defesa Civil Municipal, que preferiu não se identificar, foi ao local para levantar os moradores que ainda não tiveram os itens reparados. Ele informou que o órgão encontra dificuldades para contatar alguns dos prejudicados, além do modelo do assentamento das janelas não serem mais fabricados.     O último dia de estádia no hotel pago pela Construtora Cowan para os moradores dos condomínios vizinhos ao extinto viaduto também foi essa segunda-feira. A gerente administrativa Raquel Nardin, de 34 anos, disse que diz que a saída deveria ser adiada. “Foi pouco tempo dado para limpar os apartamentos, que estão cheio de poeira causada pela remoção dos escombros. Temos várias pessoas com problemas respiratórios, como meu filho”, disse.     ESPERANÇA   Comerciantes afetados com a queda do viaduto estão esperançosos que o movimento retorne ao normal com a liberação parcial da avenida Pedro I. Proprietária de uma lanchonete no local, Carla Passos, de 37 anos, disse as vendas dela caíram em mais de 70%. “Precisamos que a situação se normalize o mais rápido possível. Também estamos pleiteando, com a prefeitura, a isenção de taxas e impostos municipais”, afirmou.   Já o comerciante Max Drumond Maia, de 25 anos, espera que a liberação da via alivie o trânsito na rua Dr. Álvaro Camargos. “Temos engarrafamentos todos os dias. Queremos que a situação melhore”, disse.   Antes da queda da alça sul viaduto Batalha dos Guararapes, em 3 de julho, cerca de 45 mil carros passavam, em média pela avenida Pedro I, sendo cerca de 400 ônibus no horário de pico. A BHTrans informou que não possuem dados atuais da via ou do fluxo na rua Dr. Álvaro Camargos.   Segundo a autarquia, após a liberação parcial da Pedro I, o desvio existente desde 15 de agosto também permanece em vigor. Quem estiver circulando pela região poderá optar entre o caminho alternativo ou o trajeto indicado na liberação de ontem.     CONFUSÃO   A previsão para liberar parcialmente o trânsito na avenida Pedro I, na região Norte de Belo Horizonte, era 15h de ontem. Porém, desde cedo, motoristas eram confundidos por faixas de pano instaladas em diversas vias próximas, que informavam o desbloqueio.     Uma das faixas, instaladas na avenida Pedro I, no sentindo Bairro/centro, na esquina com a rua Eugênio Volpini, informava que o trânsito já está livre na via desde a manhã. Porém, ao chegar ao ponto do viaduto implodido, eles são obrigados a fazer o retorno.     A previsão da BHTrans era, após os trabalhos de recapeamento, limpeza e sinalização, liberar a Pedro I para carros particulares e ônibus nos dois sentidos entre a Avenida João Samaha e Rua Américo Gasparini, utilizando as faixas da busway, no sentido Bairro/Centro, e da pista mista, no sentido Centro/Bairro.     Em nota, a BHTrans informou que as sinalizações fazem parte dos preparativos para a liberação e o trecho fechado continuava com cones, cavaletes e balizadores, que indicavam a proibição, até o momento da abertura. Agentes de trânsito foram enviados para a região para orientar os motoristas. 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por