A mãe de um menino conseguiu na Justiça o direito de receber indenização de R$ 6 mil de um supermercado com sede em Belo Horizonte. Segundo o processo, seguranças do estabelecimento acusaram o garoto de furto. Contudo, nenhum produto foi localizado com ele.
A mulher alegou, ainda, que o filho foi agredido com tapas no rosto, socos e chutes. A decisão é da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Nos autos, a mãe disse que o menino deixava o supermercado quando foi abordado por um homem que se identificou como policial. O garoto foi agarrado pelo pescoço e arrastado até o banheiro. Toda a cena teria ocorrido na frente de vários clientes.
Ainda conforme a mulher, o filho foi chamado de ladrão e humilhado perante várias pessoas. Ele teria sido coagido a confessar o suposto furto. De acordo com o garoto, um segurança do supermercado permaneceu durante todo o tempo na porta do banheiro e, depois de ter constatado que ele não tinha furtado nenhuma mercadoria, o liberou para ir embora.
Em sua defesa, o estabelecimento alegou que todos os funcionários são treinados para tratar com educação e cordialidade os clientes. Negou que o menino tenha sido abordado de forma truculenta e que houve constrangimento ou humilhação.
No entanto, a desembargadora Mariângela Meyer concluiu que ficaram comprovados as denúncias feitas pelo garoto.