(Divulgação/Ministério da Saúde)
A Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Venda Nova, em Belo Horizonte, foi fechada neste sábado (31) após um paciente procurar o local com sintomas de sarampo. A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) informou que a interdição obedeceu às recomendações do Ministério da Saúde e ocorreu, por questão de segurança, para evitar a proliferação da doença.
O órgão da Prefeitura de BH explicou que a UPA permaneceu fechada por duas horas. "O protocolo prevê a suspensão de admissão de novos pacientes, verificação da situação vacinal de todas as pessoas que estão dentro da unidade e aplicação de doses para quem ainda não foi imunizado".
Depois de todos esses procedimentos, a unidade voltou a ser reaberta e atender os pacientes normalmente, garantiu a SMSA. "As medidas de bloqueio vacinal e desinfecção das unidades têm caráter preventivo e são executadas diante de qualquer hipótese de diagnóstico do sarampo", declarou a secretaria.
Somente neste mês, o protocolo do sarampo já foi adotado 22 vezes nas unidades do SUS em BH. Veja abaixo as datas e as unidades:
Sarampo em Minas
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, na sexta-feira (30), que investiga 78 casos suspeitos de sarampo em Minas Gerais. Desse total, "existem cinco casos que muito provavelmente serão confirmados, mas que ainda necessitam de percorrer etapas da investigação e protocolos que impedem esta classificação até o momento".
Com isso, o número de confirmações pode chegar a nove. Quatro casos foram confirmados até agora. Os números constam no boletim epidemiológico divulgado pela pasta e mostram que, com relação à semana passada, foram registrados mais 23 casos suspeitos da doença, em um intervalo de sete dias. Até o dia 22 de agosto eram 55 notificações sendo investigadas.
Sobre a doença
O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. A doença começa inicialmente com febre, manchas avermelhadas pelo corpo, sintomas respiratórios e oculares. Também incluem tosse, coriza, rinite aguda, conjuntivite, fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral).
A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode se manter em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.
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