(Eduardo Cicarelli/Jornal de Lavras)
O homem suspeito de participação no suposto estupro e morte de Camila Grazziele Santos Vitorino, de 5 anos, prestou esclarecimento à polícia e foi liberado. Ele foi detido na segunda-feira (22) em Macaia, distrito de Lavras, no Centro-Oeste de Minas, e foi levado para a delegacia de Bom Sucesso, onde o crime ocorreu. No local, o homem contou para o delegado Emílio de Oliveira e Souza, responsável pelas investigações, que não estava no município na época em que o assassinato aconteceu. O suspeito revelou que estava em São Paulo e o álibi dele foi confirmado. Como prestou informações corretas ele foi liberado, mas a polícia informou que, mesmo o homem não tendo ligação direta com o assassinato da menina, ele continua sendo investigado por participação no crime. O homem é amante da mulher que foi presa por suposto envolvimento no assassinato e tentou fugir da cidade quando soube que o corpo da vítima havia sido localizado. Ele trabalhava como ambulante em Bom Sucesso. Segundo a polícia, o suspeito tem passagem por envolvimento no abuso de menores. Enquanto estava sendo ouvido pelo delegado, populares revoltados com o crime tentaram invadir a delegacia para linchar o homem. A mulher presa suspeita de participação no assassinato da menina teve sua prisão temporária prorrogada por mais 30 dias. Como o clima é de revolta na cidade, o delegado preferiu não informar onde ela está detida. O corpo de Camila foi enterrado por volta das 11h30 no cemitério Municipal da cidade. Conforme a Polícia Militar, cerca de sete mil pessoas participaram da cerimônia.
Menina foi sepultada nesta manhã no cemitério municipal da cidade (Foto: Eduardo Cicarelli/Jornal de Lavras)
O crime Camila desapareceu no dia 16, quando foi sequestrada a 20 metros de sua casa, na rua Três Pontas, bairro Palmeiras. Desde então, os moradores se mobilizaram, espalhando cartazes com fotos e pedindo informações sobre o paradeiro da criança. Após ter ficado seis dias desaparecida, a menina foi encontrada morta amarrada dentro de um saco de farelos, jogado no meio de uma clareira ao lado de uma pequena mata, no bairro Palmeiras. Ela ainda estava seminua e com marcas de 11 facadas no peito, no rosto e no pescoço, e, segundo peritos da Criminalística de Lavras, pode ter sofrido abuso sexual e ter sido assassinada no dia 19.