Suspeito de matar motorista de aplicativo em BH é indiciado por homicídio privilegiado; entenda
Vítima ficou internada por 3 dias e faleceu em 19 de janeiro; pena do investigado pode ser reduzida
O suspeito de matar um motorista de aplicativo no dia 16 deste mês, no bairro Dona Clara, região da Pampulha, em Belo Horizonte, foi indiciado por homicídio privilegiado. Em coletiva nesta quinta-feira (31), a Polícia Civil explicou que este tipo de crime ocorre quando, sob domínio de violenta emoção, após injusta provocação da vítima, comete o homicídio.
Além de detalhar a investigação, a polícia informou que o suspeito pode ter a pena diminuída de 1/6 a 1/3.
A vítima ficou internada por 3 dias e faleceu em 19 de janeiro. Segundo informações da Polícia Civil, o investigado se apresentou espontaneamente na delegacia no dia 22 de janeiro sem advogado, acompanhado somente do irmão e da esposa. A briga entre os dois homens envolvidos teria começado após um desentendimento no trânsito.
“Segundo o suspeito, quando estava no Anel Rodoviário, um pouco antes do Shopping Del Rey, ele buzina. Dá umas buzinadas porque o veículo dessa vítima fatal está numa velocidade menor e ele quer ultrapassar pela esquerda. O veículo, segundo ele, freia e diminui a velocidade, quase batendo e ele tem que ultrapassar pela direita”, relatou a delegada Ariadne Eloíse Coelho.
Segundo depoimento do investigado à Polícia Civil, após ultrapassar o veículo, ele emparelhou o carro do lado do da vítima e começaram os xingamentos. O indiciado, que também é motorista de aplicativo e iria fazer uma entrega no bairro Dona Clara, percebe que estava sendo seguido pela vítima.
“A vítima teria seguido por cerca de 6 km, e profere ofensas ‘não adianta correr, eu vou te matar, eu vou te macetar’, segundo o depoimento”, declarou.
Próximo ao local que o homem realizaria a entrega ele para o carro e a vítima para logo atrás.
“Ele já desce do carro preparado com a faca e o pedaço de pau na mão e já vai para cima e o outro também vai. Só que o outro, vendo que ele está armado ali, ele começa a correr. Nesse momento que a gente visualiza nas filmagens que ele atravessa a rua correndo, sendo perseguido pelo investigado”, afirmou a delegada.
Os dois homens envolvidos na briga não possuíam antecedentes criminais. O investigado responderá o processo em liberdade por ter colaborado com a investigação e não ser considerado perigoso que viola a ordem pública de forma reiterada, segundo a delegada, não havia requisitos legais para pedir a prisão dele.
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