Suspeito de matar uma pessoa e ferir 11 é preso no Aglomerado da Serra

Pedro Rotterdan, Rosildo Mendes e Thaís Mota - Hoje em Dia
Publicado em 20/03/2013 às 17:57.Atualizado em 21/11/2021 às 02:05.
 (André Brant)
(André Brant)

 

Um dos suspeitos de ter matado um homem e baleado outras 11 pessoas durante uma festa no Aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi preso na tarde desta quarta-feira (20). O crime aconteceu na Praça do Cardoso, na noite do último domingo (18). 
 
Segundo os militares do Batalhão de Eventos (BPE) e do 22º Batalhão da Polícia Militar (BPM), Alberto Alves Celestrino foi detido na casa de sua namorada na Vila Cafezal, dentro do Aglomerado, após uma denúncia anônima. “Fomos ao local para verificar a informação. A pessoa que fez a denúncia disse também que o Alberto tem um irmão gêmeo que participou do crime. Na ocorrência, consta também relatos da participação de irmãos gêmeos. Ao chegarmos no local, encontramos ele e descobrimos a existência de um mandado de prisão”, disse o tenente do BPE, Thiago Vitório de Oliveira.
 
Com o suspeito foi apreendido uma bucha de maconha, R$ 238 em dinheiro, um celular e um rádio. Além disso, a polícia encontrou também um desenho de um boneco armado com os dizeres: “Pou Pou. Peixe nós corta a cabeça e come o rabo”. Segundo a PM, a ilustração seria uma alusão aos alvos dos tiros.
 
A polícia suspeita que Alberto, conhecido como “Chumbinho”, pertença a um grupo de traficantes que atua na Vila Del Rey  eque teria rixa com membros de uma gangue rival da rua Sacramento, no bairro Serra. O irmão de Alberto, Augusto Alves Celestrino, o “Camarão”, está foragido e também tem um mandado de prisão em aberto por homicídio. “Eu não participei de nada disso aí. Essa pessoa quer me prejudicar. Vão ter que provar meu envolvimento e do meu irmão. A última coisa que soube dele, é que tinha se mudado para o interior com a namorada e já faz tempo”, disse o suspeito.
 
Alberto Alves foi encaminhado para a Delegacia Seccional Sul. Seu irmão e outros quatro homens já identificados pela polícia como sendo suspeitos de participar do crime ainda são procurados pela polícia. A suspeita é de que todos eles sejam moradores do Aglomerado da Serra.

Entenda o caso 
Durante uma festa que acontecia na Praça do Cardoso na noite de domingo (17), seis pessoas em quatro motocicletas chegaram ao local e efetuaram vários disparos. Dário Ferreira Leite Neto, de 33 anos, morreu na hora. Foram conduzidos para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), cinco homens, com idade entre 18 e 22 anos; duas mulheres, de 20 e 21 anos; além de uma idosa, de 71; dois adolescentes, de 14 e 16 anos, e uma criança de 6 anos.
 
Segundo o tenente-coronel Alberto Luiz Alves, assessor de Comunicação da PM, não havia policiamento fixo no local durante o evento, apenas nas proximidades e motorizado. Ainda conforme o militar, a festa tinha alvará mas a polícia só foi avisada sobre o evento na data em que ele aconteceu, o que inviabilizou a atuação da PM. A polícia informou também que aproximadamente 400 pessoas estavam no local quando a confusão começou.
 
Já a secretária-adjunta da Regional Centro-Sul, Nilda Maria Xavier Pires, informou que o alvará era para um evento cultural de 1.000 pessoas - "Serra Te Amo, Te amo Serra" - e foi solicitado dentro do prazo. Ela esclareceu ainda que todas as exigências foram cumpridas e os orgãos competentes - Cemig, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e empresas de trânsito - avisados com 48 horas de antecedência.

Atualizada às 21h31
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