Suspeito de matar universitário durante calourada é condenado a 19 anos de prisão

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
12/07/2016 às 20:24.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:16
 (Instragram / Reprodução)

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O suspeito de matar o estudante de direito Daniel Adolpho de Melo Viana e tentar assassinar outro homem durante uma calourada foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado. A decisão do júri foi proferida no final da tarde desta terça-feira (12) no Fórum Lafayete, em Belo Horizonte.

O júri também acatou as qualificadoras de motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima para o primeiro crime assim como intuito de assegurar a impunidade do assassinato para a segunda tentativa de homicídio. O juiz que estabeleceu a pena manteve a prisão preventiva do réu, que data de agosto do ano passado.

Daniel Adolpho de Melo Vianna foi morto na madrugada de 8 de agosto de 2015 por um disparo à queima-roupa enquanto participava de uma festa no bairro Dom Cabral, região Noroeste de Belo Horizonte. O disparo foi fatal e o universitário morreu no local. O réu tentou fugir da calourada, mas ao ser contido pelos presentes, efetuou um segundo disparo contra uma outra vítima, que sofreu ferimentos no pescoço.

Durante o julgamento, foram ouvidas duas testemunhas que descreveram o ocorrido durante a festa. Na versão da acusação, Daniel Vianna acidentalmente esbarrou acidentalmente no suspeito, que irritado efetuou disparos contra a cabeça do estudante e, posteriormente, contra um segundo homem que tentou imobilizá-lo.

A defesa, por outro lado, acusou as duas vítimas de golpear o réu após uma discussão na fila e que o tiro foi disparado para o alto após Daniel efetuar uma “gravata” contra o suspeito. Ao perceber o disparo fatal contra a cabeça do estudante, o réu tentou evadir do local, mas foi derrubado e desarmado. Uma pessoa não identificada obteve a arma e disparou, ferindo a segunda vítima.

O juiz sustentou a versão da promotoria, que apontou para a “manifesta desproporcionalidade entre a ação delitiva e a sua causa moral” e afirmou que a segunda agressão pretendia assegurar a fuga e a impunidade do crime anterior.

Ambas as partes podem recorrer da sentença.

Daniel Adolpho de Melo Vianna cursava o último período de Direito da Faculdade Pitágoras. Ele completaria 23 anos no fim de agosto naquele ano.

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