Foram apreendidas várias ferramentas utilizadas para demolir construções, como a da foto acima (Divulgação / PCMG)
Três homens foram presos em flagrante e um adolescente acabou aprendido em uma ação conjunta das polícias Civil e Militar, realizada na quarta-feira (30) e divulgada nesta quinta (31) que investigavam intimidações recebidas por moradores dos bairros Tiradentes e Paraíso, em Mateus Leme, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com denúncias, os quatro indivíduos circulavam em uma caminhonete ameaçando moradores, exigindo que abandonassem os imóveis ou pagassem R$ 8 mil para que pudessem continuar morando no local.
Além disso, havia notícias de que o grupo também utilizava ferramentas para cortar cercas que protegiam lotes, inclusive relatos de que já ocorreram demolições de imóveis por ausência de pagamento. Um dos homens ainda teria se apresentado como policial e portava uma arma de fogo, utilizada para fazer as ameaças.
Para apurar os fatos, os investigadores da Polícia Civil se dirigiram às localidades e presenciaram uma caminhonete em fuga de uma perseguição da Polícia Militar. Em atuação conjunta, houve cerco e foi realizada a abordagem.
Após revistas pessoais e no veículo, foi localizada uma pistola .40 com um dos suspeitos, que confirmou ser um policial militar (em folga). Também foram apreendidas várias ferramentas, como marreta, foices, boca de lobo ou tatu, alicate/tesourão, condizentes para cortar cercas, implantar placas e demolir construções.
Durante o procedimento de flagrante na delegacia, foi apurado que um representante legal de imobiliária estaria constrangendo moradores da região de forma contínua, inclusive liderando os atos de extorsão mediante grave ameaça exercida com o emprego de arma de fogo, auxiliado pelos conduzidos.
Os três homens detidos foram autuados pelos crimes de dano (art.163), furto qualificado (art. 155, §4º, inciso IV) e esbulho possessório (art. 161, § 1º, inciso II) , previstos no Código Penal, bem como corrupção de menor (art. 244-B), constante no Estatuto da Criança e do Adolescente. Dois deles foram encaminhados ao sistema prisional, e o policial militar escoltado para um batalhão da PM.
O adolescente foi enquadrado em ato infracional análogo aos crimes citados e entregue aos representantes legais mediante termo de compromisso e responsabilidade.
As investigações prosseguem para apurar suposta prática do crime de organização criminosa, uma vez que há elementos indicativos de uma estrutura ordenada na divisão de tarefas, com vistas a obter vantagens ilícitas mediante extorsão.
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