Serão julgados, nesta segunda-feira (29), os réus Antônio Carlos Cezario, o ex-vereador de Belo Horizonte Ronaldo Batista de Morais, Tiago Ribeiro de Miranda, Leandro Felix Viçoso, Fernando Saliba Araújo, Deborah Caetano Felix Aragão e Filipe Santos Viçoso, pelo envolvimento no assassinato de Hamilton Dias de Moura, sindicalista e ex-vereador de Funilândia. O caso ocorreu em julho de 2020, quando a vítima foi atraída em uma emboscada e morta a tiros no bairro Califórnia, Oeste da capital.
Ao todo, 25 testemunhas prestarão depoimento e serão ouvidas pela juíza Myrna Souto, do 1° Tribunal do Júri de BH. O julgamento está na fase de depoimentos, que pode durar vários dias.
Felipe Vicente de Moura e Thiago Viçoso de Castro já foram julgados pelo crime em 2022. O primeiro foi condenado a 17 anos de prisão, em regime fechado. Já o segundo foi absolvido das acusações de participação na organização criminosa e de adulteração da arma utilizada no crime. Contudo, ele está respondendo em liberdade a uma pena de três meses de detenção, pelo crime de fraude processual, e mais quatro anos de reclusão pelo crime de posse ilegal de armas.
Relembre o caso
Hamilton foi morto em julho de 2020, no bairro Vista Alegre, região Oeste da capital. De acordo com a denúncia feita pelo MPMG, o crime teria como mandante o ex-vereador de BH, Ronaldo Batista de Morais.
O assassinato teria sido motivado por denúncias feitas pela vítima à imprensa e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre supostos desvios de dinheiro no Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transporte de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de BH e Região.
Ronaldo teria dado R$ 40 mil a Thiago Viçoso de Castro e a Felipe Vicente de Oliveira para que executassem o desafeto. Sob a orientação do ex-vereador, os suspeitos criaram um perfil falso em uma rede social e se passaram por compradores de um lote que o sindicalista estava vendendo.
Os comparsas se passaram por mulheres e atraíram a vítima para um encontro para fechar o negócio. Hamilton Moura foi assassinado com 12 tiros dentro do próprio veículo.
De acordo com o Ministério Público, o mandante seria líder da organização criminosa conhecida como "Máfia de Sindicatos", que praticava diversos delitos – inclusive com a participação de agentes de segurança pública –, como a intimidação de adversários para manter seu domínio no meio sindical.
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