Faturaram R$ 2 milhões

Suspeitos de vender drogas pelas redes sociais e receber pagamento via Pix são presos em Minas

"Cardápio" tinha preço dos entorpecentes e valor da entrega, realizada por motoboys em embalagens personalizadas

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
Publicado em 13/11/2024 às 15:08.Atualizado em 13/11/2024 às 15:23.

Uma operação contra o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em em Poços de Caldas, no Sul de Minas, resultou na prisão de 27 pessoas nesta quarta-feira (13). A suspeita é que os investigados tenham movimentado mais de R$ 2 milhões de forma irregular em seis meses.

Denominada “El Patrón”, a operação investiga um suposto esquema de tráfico de drogas na cidade, e segundo a Polícia Civil (PC), operado de “forma sofisticada” por meio de redes sociais, especialmente aplicativo de troca de mensagens.

“Nesses grupos, eram divulgados cardápios de entorpecentes com preços e detalhes sobre as entregas, que eram realizadas por motoboys em embalagens personalizadas. O pagamento era feito via Pix”, revelou o delegado responsável, Cleyson Brene.

De acordo com a PC, a investigação teve início com prisões em flagrante relacionadas com o tráfico, o que possibilitou a análise minuciosa de aparelhos celulares apreendidos e a quebra de sigilo dos aparelhos, autorizada pela Justiça.

Com base em dados de fontes abertas, sistemas policiais e informações sigilosas, a PCMG identificou indícios de lavagem de dinheiro. Transações financeiras de mais de R$ 500 mil mensais em uma das contas investigadas foram detectadas, além de movimentações que ultrapassaram a cifra de R$ 2 milhões, no período de seis meses.

Além das prisões, foram apreendidos grande quantidade de entorpecentes, equipamentos eletrônicos, veículos de luxo e mais de R$ 20 mil em dinheiro. As apreensões ocorreram após o cumprimento de 72 mandados de busca em Poços de Caldas e nas cidades paulistas de Osasco, Mogi Guaçu e São José do Rio Pardo.

As investigações prosseguem com o objetivo de identificar outros envolvidos e desmantelar toda a estrutura do grupo criminoso, de acordo com a Polícia Civil.

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