A grave situação enfrentada pelo Hospital Risoleta Neves, que devido à superlotação suspendeu os atendimentos, vai impactar nos serviços de saúde municipais. O alerta foi dado pela própria Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Conforme a administração municipal, casos que seriam encaminhados ao complexo hospitalar serão direcionados a Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e outros hospitais.
"O SUS funciona em rede e conta com vários equipamentos para realizar os atendimentos à população", acrescenta a PBH. De acordo com a prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde tem empreendido todos os esforços para garantir a assistência necessária aos usuários em todas as unidades públicas.
Pronto-socorro está com o dobro da capacidade de pacientes
A suspensão dos atendimentos no Risoleta Neves foi informada nesta quarta-feira (22). A unidade de saúde é referência em urgência e emergência na capital e Grande BH. Conforme a direção do hospital, a capacidade máxima prevista para o pronto-socorro é de 90 pacientes, mas atualmente há o dobro de pessoas aguardando.
A situação se agrava em um momento em que a rede pública de saúde já enfrenta sérios problemas, como a recente paralisação do bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins.
"A Diretoria da Instituição notificou a situação à Rede de Urgência e Emergência de BH, solicitando apoio no processo de referenciamento de pacientes para outras unidades da Rede SUS e compartilha esta nota para esclarecimento e alerta à população sobre a situação vivenciada no Risoleta", informou o Risoleta.
Ainda segundo a direção do hospital, todos os usuários que já se encontram dentro da instituição permanecerão sendo atendidos. "Reforçamos a necessidade da restrição temporária da entrada de novos pacientes no Pronto-Socorro para assegurar a qualidade e segurança assistencial".
Com relação a novas vagas, a unidade de saúde explicou que, internamente, "estão sendo adotadas todas as medidas para reavaliação dos doentes, agilização para realização do apoio diagnóstico e de outros recursos que possam assegurar uma desospitalização (alta hospitalar) segura dos doentes, possibilitando uma movimentação adequada e mais ágil dos pacientes em atendimento ou internação".
Leia mais: