A incidência da Covid-19 aumentou quase cinco vezes em Belo Horizonte apenas nas duas últimas semanas. A taxa saltou de 16,9 para 82,7 casos para cada 100 mil habitantes. Em meio à disparada de registros, muita gente ainda insiste em não se proteger, ignorando o mais recente protocolo de segurança que exige a máscara no transporte público.

Cinco dias após a entrada em vigor do decreto da prefeitura que determina a volta do uso obrigatório do acessório, passageiros ainda embarcam e ficam sem o equipamento durante as viagens. Ontem, o Hoje em Dia flagrou diversos passageiros e até mesmo motoristas sem a proteção facial na Pampulha e no hipercentro.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH) reforçou o pedido às pessoas, mas informou que a fiscalização é de responsabilidade da BHTrans, com apoio da Guarda Municipal.

A PBH não respondeu se multas foram aplicadas nos últimos dias. Por nota, disse que os agentes de segurança monitoram diariamente as estações de ônibus e orientam os usuários. Destacou também que cartazes foram afixados e áudios informativos são veiculados nas estações.

Segundo a prefeitura, nas estações do Move e nas imediações de cabines de embarque e desembarque, agentes podem ser acionados pelos motoristas “nos casos em que houver resistência do passageiro em utilizar a máscara dentro do coletivo”.

Casos

O aumento de casos da Covid em BH motivou o retorno das máscaras na última sexta-feira. Na data, a secretaria municipal de saúde informou que a média semanal de testes rápidos gratuitos dobrou, passando de 4 mil testes para 8 mil. A taxa de positividade acompanhou o crescimento, passando de 5% para 15%.

Apesar do aumento da taxa de incidência – de 16,9 para 82,7 casos para cada 100 mil habitantes – o número ainda segue distante do que foi anotado no último pico da doença na cidade, que ultrapassou 400 registros para cada 100 mil.

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