Taxa de mortalidade infantil em BH cai a um dígito pela primeira vez

Danilo Emerich - Hoje em Dia
25/09/2014 às 15:16.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:21

(Arquivo HD)

Pela primeira vez na história, Belo Horizonte conseguiu reduzir a taxa de mortalidade infantil para apenas um dígito. A taxa de 9,7 crianças mortas antes de completar 1 ano, a cada mil nascidas vivas, foi atingido em 2013, mas o dado foi divulgado somente nesta quinta-feira (25).    A redução do número, comemorado por gestores da saúde municipal, atende uma das metas traçadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), para 2015, através dos “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)”, que propõe a redução de 2/3 da mortalidade infantil, partindo dos dados da década de 1990, quando BH registrada a taxa de 34,6 óbitos.    Segundo o secretário municipal de Saúde, Fabiano Pimenta, a queda do número é resultado de uma série de ações desenvolvidas pela prefeitura, além da melhoria da situação econômica e qualidade de vida da população de forma geral.   “Não podemos colocar, de maneira especifica um ou outro indicador que mais influenciou a conquista. Porém, o aumento da escolaridade da mães, melhor renda, melhor saneamento básico são fundamentais para a redução, além da ampla cobertura do Programa Saúde da Família (PSF)”, explicou o secretário.   Fabiano também enfatizou a maior cobertura vacinal de crianças, menor quantidade de internações infantis por pneumonia e diarreia, melhoria da qualidade e acesso na atenção básica à saúde e consultas pré-natal, incentivo ao parto natural e até o programa federal Bolsa Família.   A dona de casa Tânia de Souza Lucas Nunes, de 28 anos, que deu a luz há quatro meses a filha Karolayne Victoria Souza Muniz, elogia o sistema municipal. Ela diz que recebeu muito melhor acompanhamento durante a última gestação do que quando engravidou do primeiro filho, há dez anos. “Agora, os médicos foram a minha casa e dão todas as orientações. Ficaram até amigos nossos”, afirmou.   Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Belo Horizonte conta atualmente com 583 equipes de saúde da família, que atendem 1,9 milhão de pessoas (81% da população). Em 2008, eram 513 grupos médicos, cobrindo 75% dos habitantes de BH. Além disso, a quantidade de mães que realizaram mais de sete consulta de pré-natal chegou a 75% em 2013. Em 2000, o índice era de 51,6%.

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