A cinco dias do julgamento dos acusados da suposta morte de Eliza Samudio, a defesa do goleiro Bruno tenta uma cartada final para suspender o júri. O advogado do atleta, sustentando que a modelo está viva, deve viajar nesta quarta-feira (14) a São Paulo atrás de uma pista sobre o paradeiro de Eliza. Para o Ministério Público, a mulher foi vítima de homicídio triplamente qualificado.

Defensor de Bruno, Rui Pimenta segue o rastro de uma informação recebida na segunda-feira. “Um taxista me ligou depois de ver fotos da Eliza na televisão e disse que a levou até um hotel da capital paulista”, afirma. Segundo o motorista, a ex-amante do goleiro falava ao celular com alguém, possivelmente a mãe dela.

O advogado busca agora provas da “passagem” de Eliza por São Paulo, como recibos do hotel ou documentos apresentados no check-in. “Com isso, poderemos comprovar que ela está viva e cancelar um julgamento sem vítima”, diz. Pimenta não soube precisar quando teria sido a viagem da modelo.
 
Os defensores de Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola”, que também é réu no caso do “assassinato” de Eliza, devem entrar com reclamações no Supremo Tribunal Federal para tentar suspender o julgamento. A alegação é a de que o direito da defesa foi cerceado.

O promotor Henry Wagner requereu ontem à Justiça que J.L.L.R., primo de Bruno, seja ouvido durante o júri por videoconferência. Ele é considerado peça-chave no caso e está sob proteção.

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