Em torno de 150 taxistas auxiliares participaram de uma manifestação e saíram em passeata até o Centro de Belo Horizonte na tarde desta terça-feira (5). De acordo com José Estevão, presidente da Associação dos Condutores Auxiliares de Táxi (Acat), o grupo se reuniu na Praça do Papa e desceu a avenida Afonso Pena. "O combinado foi de irmos até a Praça 7, dar a volta e seguirmos para a Prefeitura de Belo Horizonte", explica o presidente.
Segundo Estevão, a categoria reivindica que taxistas classificados em novo edital de táxi feito pela BHTrans sejam premiados. "De 1.687 classificados, apenas 545 foram contemplados. Mas, o que mais vale lembrar é que há muitos taxistas com experiência de mais de 30 anos que ficaram de fora. Além disso, vale ressaltar que, mesmo com esses 545, ainda faltam táxis na capital mineira. O que queremos é atender a população com eficiência", argumenta o presidente.
O ato foi acompanhado de perto por militares do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar e ocorreu de forma pacífica. Houve registro de congestionamento na avenida Afonso Pena, no sentido bairro/Centro.
Por meio de nota, a BHtrans informou que Estevão e dois dirigentes da Acat foram recebidos pelo presidente do órgão de trânsito, Ramon Victor Cesar, e o diretor de Transporte Público da empresa, Daniel Marx Couto após o protesto.
No encontro, o presidente afirmou que a administração pública municipal tem cumprido rigorosamente o decreto 14.843, de 17 de fevereiro de 2012. O documento autoriza o acréscimo de delegações necessárias a completar 6.560 permissões públicas para táxis. Dentre elas, estão incluídos os 60 veículos destinados ao atendimento de usuários com deficiência ou mobilidade reduzida. Além disso, foi informado que está em andamento o processo administrativo que visa alcançar o número máximo de permissões previstas no referido decreto, com a convocação, a ser iniciada ainda neste mês, de 149 classificados na concorrência pública 02/2012.
Também foi esclarecido que o sorteio definido como critério de desempate para os licitantes que alcançaram a pontuação máxima é a regra prevista no edital, de conhecimento de todos, e a única legalmente possível para a situação. "O sorteio, assim como todas as outras etapas do processo licitatório, transcorreram com total acompanhamento do Ministério Público e da Auditoria do Município. Portanto, não há qualquer questionamento plausível sobre a lisura e pertinência do processo".
Atualizada às 18h47.