Uma das principais testemunhas do desaparecimento da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, Eliza Samudio, pode não comparecer ao julgamento marcado para o próximo dia 19. Jorge Luiz Rosa, que na época tinha 17 anos, está incluido no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte e tem a participação no júri ameaçada. O promotor de Justiça Henry Vasconcelos, responsável pela acusação dos envolvidos, recebeu um comunicado oficial informando que o jovem, hoje com 19 anos, não vai ao julgamento.   Rosto coberto   O defensor de Jorge, Eliezer Jônatas de Almeida, afirma que realmente existe essa possibilidade. “Ele está arrolado como testemunha comum (convocado por mais de uma parte), ele é obrigado a ir. Mas como vai fazer isso estando em um programa de proteção e mostrar o rosto pra todo mundo? Só se for encapuzado”, disse.   O advogado afirma que, se o cliente estiver no julgamento, vai fazer questão de que ele seja ouvido, mas só vai saber da participação no dia do júri. “Depois que ele entrou no programa, perdi o contato com ele e com a família. A ida ao fórum de Contagem (RMBH) é uma incógnita”.   O não comparecimento de Jorge pode acarretar em uma reviravolta no processo. “A promotoria pode dispensar o depoimento do meu cliente e a defesa alegar que ele seria fundamental”, afirmou Almeida.   Manobra de defesa   Além da possível ausência de Jorge, o promotor Henry Vasconcelos informou também que a defesa do goleiro Bruno poderá tentar o desmembramento do processo, como forma de atrasar ou adiar o julgamento.    Ele teme que o ex-atleta destitua o advogado Rui Pimenta do caso, impossibilitando que o réu seja julgado. A alternativa da Justiça seria constituir outro advogado.

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