Uma testemunha-chave que pode ajudar a polícia a desvendar o mistério acerca do desaparecimento de Emily Ketlem Ferrari Campos, de 8 anos, foi novamente interrogada nesta terça-feira (11) em Rio Pardo de Minas, no Norte do Estado. Em seu novo depoimento, a mulher teria reafirmado que viu o suspeito do crime por volta de 17h30, quando saía de casa e falava ao celular com a cunhada.   Segundo o delegado Luiz Cláudio Freitas do Nascimento, a testemunha afirmou que assim que a viu o suspeito teria entrado rapidamente no carro e fechou os vidros do veículo, como se estivesse escondendo alguma coisa. Entretanto, o horário apontado pela mulher como sendo o mesmo em que viu o suspeito não aparece no detalhamento entregue pela operadora de telefonia celular.   "No relatório da Tim aparecem duas ligações para o telefone do irmão dela. Uma seria às 16h31 e a segunda por volta de 17h55. Mas ela é categórica ao afirma que uma outra ligação teria sido realizada enter 17h15 e 17h40, horário em que ela teria visto essa determinada pessoa", explica o delegado. De qualquer forma, ele afirma que o horário das ligações telefônicas que aparecem no relatório coincidem com outras informações levantadas pelos investigadores.   Apesar disso, Luiz Cláudio afirmou que irá esperar até a próxima quinta-feira (13) para que a testemunha apresente o novo detalhamento telefônico que já foi pedido junto à operadora. "Ela está ajudando a polícia, se apresentou espontanemante à delegacia e deu informações importantes para as investigações", destacou o delegado.   Novas diligências   Além do novo interrogatório, a Polícia Civil realizou algumas diligências, que deverão continuar na quarta-feira (12), em Taiobeiras. Segundo o delegado Luiz Cláudio, existe uma possibilidade de que Emily Ketlem tenha sido levada por ciganos e que este grupo tenha passado por Taiobeiras e seguido para o Norte da Bahia. "Embora eu não descarte essa possibilidade, não é uma linha de investigação com a qual estou me atendo muito", ressaltou.   Já na semana passada, o delegado esteve no Rio de Janeiro fazendo diligências sobre o desaparecimento da menina na capital fluminense e garantiu que as investigações avançaram. "Tive apoio da polícia do Rio e consegui atualizar alguns dados que serão importantes para o inquérito criminal".   Desaparecida   Emily Ketlem, que possui Transtorno de Déficit de Atenção (T.D.H.), sumiu enquanto brincava na porta de casa, no dia 4 de maio, por volta das 17 horas, na avenida Padre Eurácio Giraldi, bairro Cidade Alta. Os pais da criança são separados e, no dia do sumiço, o pai havia deixado a menina na casa da ex-mulher por volta das 15 horas. Em seguida, viajou para a cidade de Taiobeiras, conforme relatou em depoimento à polícia. Desde então a menina não foi mais vista. Um carro preto teria sido visto rondando a residência no dia do crime.   Na sexta-feira (17), Emily completou 8 anos, mas a festa que teria bolo de princesas acabou sendo adiada. De acordo com uma tia da menina, ela estava eufórica com a proximidade do aniversário e até a lista de convidados estava pronta. Como ainda está na fase de alfabetização, a garota pediu para que os parentes soletrarem os nomes dos amiguinhos que gostaria de convidar para a comemoração. A festa seria feita no no dia 12, coincidindo com o Dia das Mães.

Compartilhar