Um homem de 28 anos foi preso no bairro Cidade Jardim, região Centro-Sul de Belo Horizonte, suspeito de comandar um esquema de tráfico que enviava drogas pelos correios. Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil nesta terça-feira (20), com ele foram encontrados 140 pontos de LSD e ecstasy, maconha e skunk, uma espécie de maconha adulterada e “superpotente”.
A prisão ocorreu nesta segunda-feira (19). Segundo as investigações, o rapaz, que é engenheiro, comprava a droga e a recebia pelos correios ou outras empresas de logística. Posteriormente, fazia a entrega a pé, nas redondezas, ou permitia a retirada do entorpecente na própria casa.
O delegado Rodolfo Tadeu Machado informou que o suspeito se utilizava da condição privilegiada para afastar suspeitas sobre o negócio ilícito.
“O bairro que ele usava era o Cidade Jardim. Era uma pessoa acima de qualquer suspeita. É um rapaz de 28 anos, de classe média alta, e usava essa condição social dele para fazer a distribuição de drogas. Fazendo a aquisição e recebendo as encomendas através das empresas de entrega, ele dificultava a atuação dos órgãos preventivos, pois sabia que dificilmente seria abordado transportando drogas. E, se isso ocorresse, sempre em pequenas quantidades, se passando por usuário”, detalhou.
Após localizar e investigar o suspeito, a Polícia Civil foi até o local. Ao avistar os agentes, ele tentou resistir e se desfazer da encomenda de skank, lançando-a para o alto, mas foi capturado.
“Na casa dele havia mais quantidades, de outras variedades. Em uma tentativa desesperada, ele gritou, e a namorada dele, assustada, jogou drogas pelo vaso. Algumas foram descartadas e outras retornaram. Na caixa de esgoto também havia entorpecentes”, descreveu o delegado.
A mulher, de 38 anos, foi testemunha e, na delegacia, informou que o suspeito, por meio de seus contatos em aplicativos de comunicação, realizava a venda de substâncias para conhecidos e pessoas com quem tinha relacionamento. Quanto à distribuição aos consumidores finais, no bairro Cidade Nova e redondezas, Moraes completa que era feita a pé pelo investigado e alguns buscavam na casa dele.
“Ele tentou manter uma rede de clientela que conhecia, acreditando estar mais seguro assim, mas as informações constam que ele já tinha realizado contato com mais de 400 pessoas”, acrescentou o delegado, informando que o suspeito, até então, não havia sido descoberto.
“Ele tentou, o tempo, todo se passar por usuário. Depois acabou falando que só queria fazer o rateio entre amigos, mas isso por si só seria o tráfico”, finalizou Rodolfo Machado.
*Estagiário sob supervisão de Valeska Amorim
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