Já foram identificados pelo menos 12 corpos das vítimas do acidente envolvendo um ônibus, uma carreta bitrem e um carro, na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Os trabalhos são feitos no Instituto Médico-Legal (IML), em Belo Horizonte. Quarenta e uma pessoas morreram na tragédia.
A informação sobre a identificação foi dada neste domingo (22) pela Polícia Civil. “Até o momento, 12 corpos foram necropsiados e identificados. Desses, dois já devem ser liberados em breve aos familiares”, afirmou o legista da PC, Felipe Dapieve.
Segundo ele, o processo é complexo e seguirá sendo feito sem previsão de término. “Nós, da Polícia Civil, estamos todos mobilizados para dar a resposta o mais rápido possível. A gente entende a dor dos familiares, então queremos fazer essa identificação o mais rápido possível, respeitando o processo legista”, completou Dapieve.
Para ajudar nos trabalhos de recolhimento de DNA dos familiares, a PC vai disponibilizar montar uma estrutura na Academia de Polícia, que fica ao lado do IML. "Vamos receber as famílias e realizar a coleta dos materiais genéticos e fazer a identificação”.
Orientações às famílias das vítimas do acidente
Ainda conforme a Polícia Civil, o processo de identificação das vítimas pode ser realizado por meio de papiloscopia (impressões digitais), DNA e odontologia/antropologia. A coleta de e o envio de documentos podem acelerar a identificação, conforme o caso.
Um comunicado sobre a coleta de DNA está sendo divulgado para orientações às famílias.
A coleta de material genético de familiares das vítimas pode ser realizada:
- Em qualquer Posto Médico-Legal (PML) da Polícia Civil de Minas Gerais ou no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte (IML-BH).
- Para familiares que residem em outros estados, é possível realizar a coleta em unidades periciais oficiais locais, sem necessidade de deslocamento para Minas. O material será enviado para análise, garantindo a mesma prioridade no processo de identificação.
Ordem de prioridade para a coleta de DNA:
- 1. Genitores (mãe e/ou pai);
- 2. Filhos ou filhas (um ou mais);
- 3. Irmãos (no mínimo dois, caso não haja genitores ou filhos disponíveis);
- 4. Amostras de uso pessoal da vítima (como escova de dente, óculos, bonés ou outros objetos de uso exclusivo da vítima).
Os documentos listados abaixo podem agilizar a identificação das vítimas, conforme o caso:
- Radiografias, tomografias e outros exames médicos de imagem (acompanhados de laudos e imagens);
- Fotos que evidenciem o sorriso, mostrando os dentes;
- Exames, documentação e moldes odontológicos;
- Fotos que evidenciem tatuagens;
- Documentação médica relacionada à presença de órteses e próteses;
- Documentos de identificação que contenham impressões digitais (como carteira de identidade, passaporte ou carteira de trabalho).
- Encaminhamento de documentos e procedimentos:
- Os documentos listados podem ser digitalizados e enviados para o e-mail datiloscopia.iml@policiacivil.mg.gov.br.
- Em Minas Gerais, os familiares devem procurar a Delegacia Regional da Polícia Civil mais próxima para o início do procedimento. Posteriormente, serão encaminhados ao Posto Médico-Legal (PML) responsável ou ao IML.
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