Tragédia na BR-116: PCMG conclui identificação das vítimas e revisa número de mortos para 39
Informação inicial era de 41 vítimas, mas perícia dos corpos concluiu que 39 pessoas morreram no acidente
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu a identificação dos 39 corpos das vítimas do trágico acidente ocorrido no dia 21 de dezembro de 2024, na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. A tragédia, que envolveu um ônibus, uma carreta e um carro, é considerada a maior nas rodovias federais desde o início da série histórica da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2007.
Conforme explicou a Polícia Civil nesta sexta-feira (10), as primeiras informações indicavam 41 mortos no acidente. Entretanto, após perícias realizadas no Instituto Médico Legal Dr. André Roquette, em Belo Horizonte, constatou-se que se trataram de 39 mortes.
O superintendente da Polícia Técnico-Científica, Thales Bittencourt de Barcelos, explicou que os corpos foram identificados por meio de três métodos principais, sendo 22 por exames de DNA, 13 por papiloscopia (impressão digital), e quatro por odontologia legal.
Corpos retirados
Até o momento, a PCMG informou que 37 corpos já foram retirados por familiares. Os dois últimos permanecem aguardando a retirada, sendo que, em um dos casos, o serviço social do IML está em busca de contato com parentes.
A maior parte das vítimas era natural da Bahia e de São Paulo, além de uma de Minas Gerais e outra da Paraíba. Entre as vítimas há um bebê de apenas um ano de idade.
Investigação em andamento
A Polícia Civil ainda não tem prazo para a conclusão das investigações. Durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta, foi apurado que peças dos veículos envolvidos no acidente estão sendo submetidas a exames periciais.
Exames toxicológicos foram realizados nos corpos dos motoristas do ônibus e da carreta. Os resultados já foram encaminhados ao delegado responsável pelo inquérito. O motorista da carreta, Arilton Bastos Alves, foi ouvido e liberado após prestar depoimento.
O acidente
O acidente completa 19 dias nesta sexta. O acidente ocorreu durante a madrugada de 21 de dezembro. Todas as vítimas estavam no ônibus que bateu de frente com a carreta e acabou pegando fogo em seguida. A maioria ficou presa às ferragens e teve os corpos carbonizados.
Um terceiro veículo, um carro de passeio, que vinha atrás do ônibus, também se envolveu no acidente, mas os ocupantes do tiveram ferimentos leves. O ônibus de transporte interestadual, pertencente à empresa Emtram, tinha saído de São Paulo (SP) com destino a Elísio Medrado (BA).
O motorista da carreta que se envolveu no acidente prestou depoimento à Polícia Civil e foi liberado em seguida.
Quais as causas do acidente
A hipótese de que o acidente foi causado pela estouro do pneu do ônibus é uma das linhas de investigação. A outra é que a carreta estava com excesso de peso, em alta velocidade, e que, na altura do distrito de Lajinha, um bloco de granito se soltou, caindo na pista para, em seguida, ser atingido pelo ônibus.