Teófilo Otoni

Tragédia na BR-116: perícia não encontra vestígio de pneu estourado, mas hipótese segue investigada

Polícia continua investigações que podem determinar as causas que levaram ao acidente com 41 mortes em Teófilo Otoni

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
Publicado em 26/12/2024 às 15:38.Atualizado em 26/12/2024 às 16:50.
Coletivo transportava 45 passageiros (Corpo de Bombeiros)
Coletivo transportava 45 passageiros (Corpo de Bombeiros)

As investigações sobre as causas do gravíssimo acidente na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, ainda não encontraram evidências de que o pneu do ônibus tenha estourado, provocando a tragédia que terminou com a morte de 41 pessoas. Além do coletivo, uma carreta bitrem e um carro de passeio se envolveram na batida. Mesmo sem o indício, a hipótese não foi descartada pela Polícia Civil (PC).

Ainda não há prazo para a conclusão do inquérito, conforme a instituição informou nesta quinta-feira (26). Segundo o perito criminal Felipe Dapieve, a destruição ocorrida após o desastre - os veículos pegaram fogo após a colisão - dificulta os trabalhos. “Ainda não foram encontrados vestígios no sentido do pneu ter estourado, mas não podemos descartar essa hipótese ainda. Até pelo alto estado de destruição dos veículos”.

Também é apurada a outra versão, de que a carreta estava com excesso de peso e um grande bloco de granito se soltou, caindo na pista para, em seguida, ser atingida pelo ônibus. “Não tem conclusão da investigação ainda, mas tem linhas que estão sendo analisadas. A carga do caminhão é uma das investigações, temos indícios que nos levam a acreditar no sobrepeso, mas só a conclusão do inquérito vai nos dar total certeza das causas”.

Para ajudar nas investigações, peritos da PC de BH foram a Teófilo Otoni com um scanner 3D. A tecnologia permitirá uma reprodução virtual detalhada da cena do acidente.

Relembre o grave acidente na BR-116

A tragédia ocorreu no último sábado (21). A batida envolveu o ônibus que transportava 45 pessoas, uma carreta bitrem e um carro. O motorista do veículo de carga fugiu, mas se entregou à polícia na segunda-feira (23). Ele foi ouvido e liberado.

Até o momento, 16 corpos foram identificados pela Polícia Civil. Treze pro meio de exames papiloscópicos (de digitais) e os outros três por odontologia legal. Os outros ainda estão em análise. “Estamos coletando DNA para confronto com o material genético de familiares”, acrescentou o perito. Às famílias, 14 corpos foram entregues.

Os parentes das vítimas podem comparecer a qualquer delegacia da Polícia Civil do país para a coleta de material genético.

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