Candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, Mauro Tramonte (Republicanos) diz ter planos para reduzir a população em situação de rua. Caso eleito, ele mira um trabalho integrado entre órgãos municipais e os governos estadual e federal. Sem citar o nome do candidato Carlos Viana (Podemos), que na semana passada disse que iria "devolver" os sem-teto, Tramonte mandou uma indireta, dizendo que ninguém será "despachado" para a cidade de onde veio.
“A nossa proposta é integrar todas as secretarias. Nós precisamos integrar a secretaria de saúde, a secretaria de assistência social, a Guarda Municipal, ir atrás dos poderes constituídos. Temos que ir atrás do Estado e da União para resolver uma parte do problema desse pessoal”, afirmou, nesta terça-feira (27).
Ao lado da vice-candidata na chapa, Luísa Barreto (Novo), Tramonte fez uma caminhada no bairro Lagoinha, na região Noroeste da capital. Lá, conversou com pessoas que estão nas ruas, moradores e comerciantes da região.
O deputado criticou o trabalho feito pela PBH em relação aos moradores de rua. “Fico muito triste. Não se pode deixar esse povo sofrendo. Parece que estão invisíveis e não é desse jeito. Me deixa revoltado, porque são pessoas que estão nessa situação e querem sair disso”.
Crítica a Carlos Viana
Durante a caminhada, Tramonte disse que pretende saber de onde estão vindo os moradores de rua de Belo Horizonte. No entanto, reforçou que as pessoas não serão mandadas embora da capital, e sim vão receber auxílio para se recuperarem e mudarem de vida.
“Vamos fazer uma rede de triagem para saber de onde estão vindo, saber porque a cidade toda está com essa quantidade de pessoas abandonadas. São seres humanos. Não vamos despachar esse povo”, disse Tramonte.
A afirmação foi feita quatro dias após o candidato Carlos Viana (Podemos) afirmar que iria “devolver” os moradores de rua que estão na capital às cidades de onde vieram.
"Como prefeito vou deixar claro o seguinte: quem é de BH, quem precisa de ajuda aqui, vamos ajudar, buscar uma recolocação, um apoio psicológico. Agora, quem não é de Belo Horizonte, eu vou devolver. Já que veio para cá com o prefeito de lá mandando o problema, nós vamos mandar ele de volta, porque tem que buscar a solução na casa dele, lá com a família dele”, disse Viana.
*Estagiário, sob supervisão de Renato Fonseca
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