Três brasileiras são encontradas mortas em Portugal

César Augusto Alves
cpaulo@hojeemdia.com.br
27/08/2016 às 16:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:34

(Reprodução Redes Sociais)

O caso do desaprecimento de três brasileiras em Portugal, que se arrastava desde fevereiro, teve um final ontem com a localização dos corpos das três em Portugal. Elas foram encontradas mortas no poço de um hotel para animais próximo ao aeroporto em Tires, um distrito de Lisboa. As vítimas são as irmãs mineiras Michele Santana Ferreira e Lidiana Neves Santana, de 28 e 16 anos, e Thayane Milla Mendes, capixaba de 21 anos, amiga das irmãs.  As informações sobre o crime são do jornal português "i"

O principal suspeito de ter cometido o crime é Dinai Gomes, namorado de Michele, que estava grávida. Segundo a Polícia Judiciária portuguesa, Dinai retornou ao Brasil logo após o desaparecimento das três brasilerias, e tudo aponta que não tenha cúmplices no crime. Seu nome foi divulgado através de um alerta da Interpol. De acordo com a publicação portuguesa "i", os corpos só foram localizados após uma denúncia da empresa de esgotos e limpeza de fossas, e não por confissão, como chegou a ser veiculado pela imprensa.

A Polícia Judiciária aponta que a dificuldade em localizar os corpos se deu por trabalharem com a hipótese de desaparecimento, com a possibilidade delas terem cruzado as fronteiras portuguesas por terra, e por não terem provas concretas de um crime até então. O Itamaraty se pronunciou afirmando que ainda não foi comunicado oficialmente da morte das brasileiras pelo governo de Portugal. Não há informações oficiais sobre traslado do corpo e sepultamento das três jovens.

Desaparecimento

Desde  fevereiro de 2016 Michele Santana e Lidiana Neves não conversavam com a família no Brasil. A comunicação, então, passou a ser feita por intermédio de Dinai Alves, namorado de Michele. As irmãs são naturais de Campanário, no Vale do Mucuri, Minas Gerais. O desaparecimento das irmãs mineiras e da amiga Thayane repercurtiu em todo o país com as declarações e apelos da mãe das irmãs, Solange. Em maio ela denunciou o desaparecimento em redes sociais e pediu ajuda para encontrar as filhas.

Ainda em maio, o Itamaraty informou que acompanhava o caso e obteve informações que elas pretendiam se mudar para Londres, mas não havia registro de entrada delas no Reino Unido e nem saída de Portugal. à época, as brasileiras foram, inclusive, incluídas no sistema de alerta da imigração da polícia inglesa e da Interpol.

Investigação

Ainda de acordo com o jornal "i", a Polícia Judiciária afirma que a investigação começou tardiamente devido a demora da comunicação do desaparecimento às autoridades brasileiras por parte de Solange Santana, de 50 anos, mãe de duas das vítimas. Só em março Portugal foi comunicado, e então as investigações começaram com buscas e inspeções.

Durante a investigação, chegaram a localizar a casa onde residia Dinai Gomes, que então já havia retornado ao Brasil. As dificuldades foram grandes  por não terem qualquer pista ou prova, afirma o jornal "i". Segundo a publicação, o suspeito Dinai caiu em contradição quando tentou explicar à mãe das vítimas que elas não poderiam falar ao telefone como desculpa para o sumiço delas, e logo depois ter afirmado que elas haviam fugido para outro país europeu. Foi quando suspeitaram de um crime envolvido no desparecimento das brasileiras.

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